USDA reduz projeção para soja e milho, mas mantém cenário de oferta confortável
Produção de soja e milho na América do Sul cai, mas estoques globais permanecem suficientes para atender à demanda
Grãos de soja e milho seguem em destaque na produção sul-americana, apesar de ajustes nas estimativas de safra. Foto: Canva
A publicação de dezembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe revisões importantes para as projeções de soja e milho na América do Sul. Embora os ajustes indiquem quedas relevantes na produção de Brasil e Argentina, o cenário global ainda se mantém confortável em termos de oferta. A análise faz parte do Radar Agro, relatório elaborado pela Consultoria Agro do Itaú BBA.
No caso da soja, o USDA reduziu em 2 milhões de toneladas a estimativa para a safra brasileira, agora prevista em 160 milhões de toneladas. Mesmo com o corte, o país segue como maior produtor mundial. Para a Argentina, a projeção caiu 3 milhões de toneladas, ficando em 47 milhões de toneladas. Em nível global, os estoques finais tiveram baixa de 1,78 milhão de toneladas, encerrando o ciclo em 115,3 milhões de toneladas, ainda um nível considerado confortável para suprir a demanda internacional.
Para o milho, o relatório também apontou ajustes. A produção argentina recuou 2 milhões de toneladas, passando a 55 milhões de toneladas. No balanço mundial, a oferta total apresentou queda discreta de 180 mil toneladas, e os estoques globais permaneceram estáveis, próximos de 325 milhões de toneladas.
De acordo com o Radar Agro, mesmo com clima irregular e revisões negativas na América do Sul, a disponibilidade global segue adequada. Assim, o mercado continua atento tanto ao ritmo de exportações de Estados Unidos e Brasil quanto ao avanço da safra sul-americana nas próximas semanas.
