Durante a abertura oficial da colheita de soja da safra 2023/24 em Goiás e no Distrito Federal, ocorrida hoje no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, a Aprosoja Brasil revelou que idêntico evento em nível nacional ocorrerá na cidade gaúcha de Tapera no dia 1º de março. No Agro Brasília, a solenidade de abertura contou com dezenas de produtores entre outros do segmento do agronegócio.
A safra 2023-2024 de soja será de 130 milhões de toneladas no País, na visão da Associação dos Produtores de Soja do Brasil. O índice de produtividade esperado é de 7,12% menor que o ano agrícola de 2022-2023. Ou seja, 54,29 de sacos por hectare.
A estimativa foi oficialmente divulgada nesta segunda-feira após a coleta de dados de 15 Aprosoja estaduais. Diante deste quadro, a entidade recomenda aos produtores “extrema cautela e a readequação dos negócios diante desta dura realidade”.
A Aprosoja ainda solicita aos parceiros comerciais que financiam a safra que demonstrem o “valor da parceria diante da eventual capacidade dos produtores de honrar todos os compromissos programados”.
A área de soja onde colhida localiza-se na Fazenda Maringá em Cristalina e transmitida para o local do evento, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci.
Para a colhida simbólica foi usada uma colheitadeira Case IH modelo Axial-Flow 8250 de propriedade de um cliente da loja da Pivot em Cristalina de Goiás. Segundo o gerente da loja, Henrique Bassani, o equipamento possui plataforma de 40 pés, tem capacidade de colheita de nove hectares por hora, é equipado com piloto automático, telemetria e mapa de produtividade. Possui também sistema automation sistema inteligente de auto - regulagem.
Nesta safra 2023/2024, a área de soja plantada em Goiás deve atingir 4,6 milhões de hectares. A produção estimada divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) até o último mês de 2023 está na faixa de 17,5 milhões de toneladas.
A escolha do Entorno do DF para sediar o evento referencia a importância que a região tem no cenário agrícola de Goiás, apesar dos recentes desafios impostos pelo impacto da escassez hídrica verificada no último período de plantio, um dos efeitos do fenômeno El Niño.
Para se ter uma ideia do peso do agronegócio na economia do Entorno do DF, segundo dados do último Boletim de Conjuntura do o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal, a agropecuária tem participação superior a 50% do PIB municipal de 12 cidades que formam a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno.
O destaque vai para os municípios de Mimoso, com agro tendo participação em 76,4 % do PIB municipal; Água Fria, com 75%,8% de seu PIB com participação das atividades agrícolas; e Cabeceiras, com 69,1% de sua economia com participação do agronegócio. Esses outros municípios integram o cinturão agrícola do Entorno do DF.
Excluindo a cidade de Brasília, o município tem o segundo maior PIB da região, sendo quase 60% da atividade econômica municipal vem do agronegócio. Embora a área de plantio do Distrito Federal e seu entorno esteja entre as de menores do País - com pouco mais de 178 mil hectares - a região registrou a terceira maior produtividade no Centro-Oeste nesta no ciclo anterior, 2022/2023, com 4,7 mil kg/ha.