Como será o clima no Brasil em junho?
A previsão aponta chuvas mais intensas no Norte do país, no leste do Nordeste e no Rio Grande do Sul.

Foto: Canva

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou a previsão para o mês de junho, que aponta chuvas mais intensas nas porções norte e leste da Região Nordeste, no Rio Grande do Sul e no norte da Região Norte (áreas indicadas em azul no mapa da Figura 1a). Por outro lado, nas regiões Centro-Oeste, Sudeste, interior do Nordeste, sul da Amazônia, Paraná e Santa Catarina, os volumes de chuvas devem ficar próximos da média climatológica (representados em cinza no mapa da Figura 1a), ou abaixo dela (em amarelo no mapa da Figura 1a).
Para o Nordeste, a expectativa é de chuvas acima da média no norte do Maranhão, Piauí e Ceará, além da faixa que vai do leste da Paraíba até Sergipe (áreas em azul no mapa da Figura 1a). Nessas regiões, os volumes podem ultrapassar 80 mm. Já no interior, é esperado um cenário com chuvas abaixo de 60 mm, especialmente no oeste da Bahia, sul do Maranhão e Piauí, onde podem ocorrer períodos sem precipitações (áreas em amarelo no mapa da Figura 1a).
No Centro-Oeste e Sudeste, a previsão aponta chuvas próximas à média histórica (área em cinza no mapa da Figura 1a), com volumes abaixo de 100 mm. Em algumas localidades, pode haver dias seguidos sem chuvas. Nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, os volumes previstos ficam entre 30 mm e 80 mm, com tendência a ficarem ligeiramente abaixo dessa faixa (áreas em amarelo no mapa da Figura 1a).
Na Região Sul, a previsão é de chuvas próximas ou abaixo da média no Paraná e Santa Catarina (áreas em cinza e amarelo no mapa da Figura 1a), com volumes abaixo de 180 mm. No Rio Grande do Sul, no entanto, as chuvas devem ficar próximas ou acima da média (áreas em cinza e azul no mapa da Figura 1a), podendo ultrapassar os 140 mm durante o mês.
Impacto agrícola
Com base nas previsões climáticas de junho de 2025, os impactos no agronegócio variam conforme a região. As chuvas acima da média na parte leste do Nordeste devem ser favoráveis para as safras de feijão e milho de terceira safra, especialmente nas regiões de Sergipe, Alagoas e Bahia (SEALBA). Contudo, na região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a redução nas chuvas pode afetar a disponibilidade de água para as lavouras de milho segunda safra, especialmente no período crítico de floração.
Nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde os volumes de chuva devem ficar próximos ou abaixo da média histórica, as condições serão adequadas para a maturação e colheita de cana-de-açúcar e café. Para os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as previsões indicam que as condições climáticas não devem prejudicar as lavouras de trigo e milho segunda safra.
No Sul, as chuvas mais baixas no Paraná e em Santa Catarina são vistas como favoráveis para a finalização da colheita de cultivos de primeira safra, além do feijão segunda safra.
Temperaturas
Em relação às temperaturas, espera-se que fiquem acima da média na maior parte do Brasil (área em laranja no mapa da Figura 1b). Contudo, nas regiões Norte e Nordeste, as temperaturas médias devem seguir dentro dos padrões climatológicos, variando entre 25°C e 28°C.
Embora o centro-sul do Brasil tenha previsão de temperaturas mais altas, elas não devem ultrapassar os 20°C nas áreas do centro-sul de Minas Gerais, leste de São Paulo, sul de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em regiões de maior altitude no Sul e Sudeste, a incursão de massas de ar frio pode provocar quedas abruptas nas temperaturas, com valores abaixo de 15°C.
