INÍCIO AGRICULTURA Piscicultura

Aquicultura brasileira é acelerada pelas inovações tecnológicas dos últimos anos

O Estado do Paraná é um dos mais tecnificados e se destaca na criação de tilápias em tanques

Publicado em 16/11/2023

Desde que surgiu no Brasil oficialmente no final do século XIX, o cooperativismo tem sido fundamental na trajetória de desenvolvimento econômico nacional em diversos setores. Na criação de peixes e camarões, não foi diferente e importantes organizações aceleram o avanço dos criatórios como as mais modernas tecnologias de produção do País.


Com as novas tecnologias, um funcionário pode hoje cuidar de 20 hectares de lâminas de água
Com as novas tecnologias, um funcionário pode hoje cuidar de 20 hectares de lâminas de água

O Estado do Paraná, por exemplo, que é conhecido como o berço do cooperativismo, se destaca na criação de tilápias em tanques. Segundo Jorge Henrique Cidemar Alab, analista técnico em piscicultura, o estado é um dos mais tecnificados. Prova disso é que há pisciculturas que contam apenas com um funcionário cuidando de 20 hectares de lâminas de água ou até mais. “Como isso é possível? Com tecnologia. O sistema de propriedades assim é todo automatizado, integrado e pode ser gerenciado de um celular ou de um computador remotamente sem a necessidade de trabalho braçal”, destacou.
Hoje, o sistema das propriedades é todo automatizado, integrado e pode ser gerenciado de um celular ou de um computador remotamente sem a necessidade de trabalho braçal
Jorge Henrique Cidemar Alab, analista técnico em piscicultura
Entre as ferramentas já disponíveis e utilizadas está o alimentador automático instalado em cada tanque. Com essa solução o produtor faz a programação e o sistema automaticamente distribui a ração no momento e na quantidade certa, dispensando assim a necessidade de fazer esse árduo trabalho manual, ou seja, muito mais prático, eficiente e econômico.

Outra inovação importante para o setor hoje é a sonda de oxigênio que atua controlando os aeradores. Seu sistema de funcionamento é simples, porém, de grande relevância. “Na prática essa sonda faz o monitoramento e só vai acionar o aerador quando há necessidade, por falta de oxigênio, por alguma programação ou até mesmo situações de forte calor”, cita o especialista.
Assim, o criador além da praticidade, tem outro importante ganho, a economia de energia. “Antes disso muitos produtores, por precaução, deixavam os aeradores ligados a noite toda. Além disso, não faziam o monitoramento do oxigênio, algo que aumentava seus custos de produção”, diz o analista técnico em piscicultura. “Hoje é diferente, remotamente é possível ligar ou desligar o aerador, vê temperatura e até oxigênio”, completou.

Outras tecnologias, ainda mais avançadas, já permitem medir o pH da água, quantidade de amônia e até os nitritos. Ou seja, sem tocar nos tanques os criadores à distância podem ter todos esses dados diretamente no celular. “Também está sendo desenvolvido sistemas para monitoramento do crescimento dos peixes. São balanças automatizadas instaladas dentro dos tanques e na hora que o peixe passa por elas já registram o peso do animal. E seguem fazendo isso várias vezes durante o dia”, adianta Alab.
Com as novas tecnologias, um funcionário pode hoje cuidar de 20 hectares de lâminas de água

Estado do Paraná é maior produtor de tilápias do Brasil

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