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Goiás comemora um ano de reconhecimento oficial como livre de febre aftosa sem vacinação

A conquista fortalece a sanidade animal e abre novas possibilidades para a pecuária goiana no mercado internacional.

Redação RuralNews

26/03/2025 | 10:11:00

Na terça-feira (25/03), Goiás celebrou o primeiro aniversário do reconhecimento oficial como estado livre de febre aftosa sem vacinação. A medida, formalizada em 2024 pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) por meio da Portaria nº 665, marcou um ponto de inflexão para a pecuária do estado, ampliando suas oportunidades no mercado internacional e reafirmando o compromisso com a sanidade animal.

Para alcançar esse status, Goiás seguiu rigorosamente as diretrizes do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE/PNEFA), implementado pelo MAPA. Após mais de dois anos de monitoramento e vigilância sanitária, o estado retirou a vacinação do rebanho, sendo a última campanha realizada em novembro de 2022.

José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), destacou que Goiás se consolidou como um modelo de excelência na pecuária nacional. “Embora a vacinação contra a febre aftosa tenha sido descontinuada, o trabalho de vigilância continuou. A Agrodefesa seguiu intensificando a fiscalização nas fronteiras, realizando ações educativas para os pecuaristas e aprimorando os sistemas de rastreabilidade do rebanho. Esses esforços foram essenciais para manter o status sanitário conquistado”, explicou.

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Ramos também sublinhou que o reconhecimento foi fruto de um trabalho conjunto entre os órgãos de defesa agropecuária e os produtores rurais. “A retirada da vacinação foi uma decisão estratégica para a pecuária goiana. Com o status sanitário consolidado, Goiás se tornou ainda mais competitivo no cenário internacional, ampliando as oportunidades de exportação de carne bovina e outros produtos agropecuários”, afirmou.

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Data	Valor R$	Var/dia	Var/mês	Valor US$
28-04-2025	2.895,64	0,90%	7,04%	512,14
25-04-2025	2.869,71	0,00%	6,08%	504,96
24-04-2025	2.869,61	0,12%	6,08%	504,95
23-04-2025	2.866,08	0,78%	5,95%	501,50
22-04-2025	2.843,99	0,68%	5,13%	497,03
17-04-2025	2.824,89	0,02%	4,42%	486,46
16-04-2025	2.824,30	0,28%	4,40%	481,14

Além de abrir portas para novos mercados internacionais que exigem padrões sanitários mais rigorosos, o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação também trouxe benefícios para os pecuaristas goianos, como a valorização dos produtos agropecuários e a redução de custos com a eliminação da necessidade de compra de vacinas.

O próximo objetivo é o reconhecimento internacional, que deve ser anunciado em maio durante a Assembleia da OMSA, na França.

Próximos Passos: Reconhecimento Internacional

Dia 24 de fevereiro deste ano, a Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) aprovou o pedido do Brasil para o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação. No entanto, a certificação final dependerá da aprovação dos países-membros da OMSA, com o resultado previsto para ser anunciado em maio, durante a Assembleia Geral da organização, em Paris, França.

Rafael Vieira, diretor de Defesa Agropecuária, destacou que o foco agora é garantir que Goiás e outros estados brasileiros, já reconhecidos nacionalmente, recebam também a validação internacional. “Seguimos com um plano rigoroso de vigilância, garantindo a proteção contínua do rebanho. Acreditamos que, com o trabalho em andamento, conseguiremos o reconhecimento internacional em maio”, afirmou.

Ele ressaltou que a certificação é de grande importância neste momento, especialmente porque países europeus como Alemanha, Eslováquia e Hungria registraram recentemente casos de febre aftosa em bovinos e suínos. “Este cenário reforça ainda mais a relevância da nossa vigilância e monitoramento para manter o status livre da doença sem vacinação. Estamos mostrando ao mundo a excelência sanitária e a sustentabilidade da pecuária goiana e brasileira, fruto do esforço conjunto entre governo, produtores e entidades do setor”, concluiu Vieira.

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