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Pecuária leiteira 15-06-2020 | 0:00:00

IDR-Paraná incentiva cultivo de pastagens de inverno

Em Iretama, a implantação e correto manejo das pastagens de inverno possibilitaram o fortalecimento da pecuária leiteira.


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Para o produtor Emerson Rodrigues, de Iretama, cuja propriedade serviu como unidade de referência, a simples troca da variedade de aveia, com a escolha de uma mais resistente ao inverno, resultou em ganho na produtividade. “Em apenas dez dias que as vacas começaram a pastorear na aveia, elas saíram de uma média diária de 13 litros para 16,7 litros”, afirmou.
Segundo o técnico do IDR-Paraná de Iretama, Jorge André Fernandes, a maioria das pastagens disponíveis na região é composta por espécies de crescimento na estação quente, quando florescem, frutificam e maturam. “No fim do verão essas plantas estão com estrutura fibrosa, com mais colmos do que folhas. Elas perdem drasticamente o valor nutritivo”, explicou.

DEMONSTRAÇÃO - Para mostrar que havia boa alternativa de inverno, ele sugeriu a Rodrigues, produtor interessado em novas tecnologias, experimentar as variedades Iapar 61 e Iapar 126. O resultado foi excelente e o técnico do IDR-Paraná utilizou a propriedade para uma demonstração sobre o comportamento da lavoura. “Depois disso, outros produtores vieram dizer que precisaram ver para crer, eles comentavam que essa aveia tinha surpreendido”, disse Fernandes.

Um deles foi Messias Eulampio.  "Fiquei encantado com o resultado, enquanto eu não tinha forragem para os animais, no Emerson tinha pasto sobrando”, destacou. Apesar do pouco tempo da experiência, quatro produtores de gado leiteiro já aderiram às variedades de aveia sugeridas.
Para o técnico do IDR-Paraná, foi importante o planejamento com os produtores do município, levando em conta a realidade e o sistema de produção de cada um. "Hoje estamos colhendo o resultado com o aumento da produção por vaca e menor quantidade de utilização de concentrado”, afirmou.

BEZERROS - Outro resultado benéfico da escolha correta de cobertura vegetal é a preservação de bezerros. Com o excedente da aveia, os produtores fazem feno, que é usado na alimentação dos animais criados em separado. “Antes, tinha também muita morte de bezerro e hoje não morre mais”, disse Fernandes. 

O trabalho desenvolvido pelos servidores do Estado do Paraná é reconhecido na região. “Temos resultados positivos graças à assistência do instituto para orientar os produtores”, afirmou Emerson Rodrigues. “Estou muito grato ao Instituto e quero evoluir mais”, acrescentou Messias Eulampio.



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