Mesmo com recuo em fevereiro, escalas de abates de bovinos seguem confortáveis

Leitura é de que as programações de abates permanecem confortáveis para a indústria frigorífica brasileira
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- Especial para Rural News
Publicado em 29/02/2024

Fatores que destacávamos em nossa coluna desde o último o mês, foram confirmados nesta finalização de fevereiro. Como esperado, houve uma redução nos dias garantidos médios para abate de bovinos no país, meus levantamentos, considerando Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás e Minas Gerais, mostram um recuo de 13 dias em janeiro para 10,5 dias de trabalho fabril garantidos em fevereiro. O Cepea trouxe números que mostram queda de 15 para 13 dias, respectivamente, nos dois primeiros meses do ano.

Basicamente, a leitura é de que as programações de abates, ainda que algum recuo após fevereiro, permanecem confortáveis para a indústria frigorífica brasileira. Isolando os fatores sazonais presentes a cada mês, como maior consumo na primeira quinzena e menor na segunda, temos tendência de pressão negativa na arroba do gado pronto (preços têm caído), resistência do pecuarista em relação aos valores abaixo da referência de cada estado se estendendo pelo mês de março.
Mercados varejista e atacadista devem andar de lado nos próximos dias
Mercados varejista e atacadista devem andar de lado nos próximos dias

Uma vantagem competitiva no momento para o pecuarista segue sendo a disponibilidade de pastagens que possibilita a mantença de animais com um custo menor de produção. Outros fatores, podem contribuir com o projeto de pecuário de produtores mais tecnificados e passam pelo acesso ao gado de reposição ainda muito “em conta”, mesmo com alguma valorização em algumas categorias, também pelo cenário dos preços muito pressionados do milho em todo o Brasil.
Os mercados varejista e atacadista, devem andar de lado nos próximos dias e acelerar um pouco após o quinto dia útil e manter na primeira quinzena. Os valores da arroba em todo o país seguem pressionados e mudando patamares de preços. Não há em curto prazo expectativa de melhora neste cenário, além da resistência dos pecuaristas impedindo queda maior.


Sobre o autor

Fabiano Reis é jornalista econômico, especialista em Marketing rural e mestre em Produção e Gestão Agroindustrial. Editor de economia e agricultura do Canal do Boi, onde apresenta o programa AgriculturaBR. É colunista econômico em diversos veículos de imprensa. Professor universitário nos cursos de Administração e Comunicação Social. Palestrante nas áreas de comunicação e agronegócio; Apresentador de eventos e feiras. Publicou os livros Reflexos sobre o nada nos mares do Pantanal, Life Editora, 2011 (livro poesias); A interação da pecuária brasileira, Nelore MS, 2012; Nelore: mostra a força de uma raça, Nelore MS, 2010; O perfil do comércio varejista de carne bovina de Campo Grande-MS, dissertação de mestrado, UNIDERP, 2005; Redação e revisão do livro Organização e Valor para Comércio Varejista de Carne, SEBRAE, 2004.
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