Em todas as cadeias produtivas, o manejo adequado está entre as principais estratégias para alcançar resultados no campo. Na ovinocultura, por exemplo, a técnica do descarte orientado tem influenciado diretamente o aumento da produtividade nas propriedades assistidas pelo Senar/MS. Este o tema da editoria #EducaçãonoCampo desta quarta-feira (17).
O melhor período da capacidade produtiva de ovelhas é entre 2 e 6 anos. A partir desse tempo, a tendência é que os índices entrem em franco declínio e, por isso, a importância do produtor ter em seu planejamento o descarte dos animais, a partir do critério da idade. Parece simples, mas a ausência dessa técnica de manejo pode comprometer o aproveitamento do rebanho e, consequentemente, a viabilidade econômica da criação.
“Com o tempo, é possível notar os desgastes dos dentes do animal, um sinal de que a idade já está avançada e que a seleção de animais deve ser feita para se manter ou mesmo elevar a produtividade”, explica o médico veterinário e supervisor de campo do Senar/MS, Custódio Júnior.
Com a implantação desta tecnologia, ovinocultores atendidos pelo ATeG reduziram a taxa de mortalidade de cordeiros. “Em algumas propriedades atendidas, o índice de mortalidade caiu de 45% para 8%, e a taxa de desfrute, que é a relação de animais vendidos e animais na propriedade, passou de 21% para 52,9%”, exemplifica.
“Os números mostram que a estratégia garantiu maior produção e aproveitamento do rebanho, dando suporte para melhorar a sustentabilidade do empreendimento”, complementa o supervisor.