Ovinos têm comercialização intensificada no Rio Grande do Sul
Demanda por carne ovina aumenta no RS no fim do ano e intensifica negócios, com rebanhos em bom estado sanitário e atenção às pastagens afetadas pelo clima
Procura maior por ovinos para abate impulsiona as vendas no Rio Grande do Sul no fim do ano. Foto: Divulgação Emater / RS-Ascar
A aproximação das festas de fim de ano elevou a procura por ovinos para abate e acelerou o ritmo de negociação de animais e de lã no Rio Grande do Sul. Os rebanhos apresentam bom escore corporal e sanidade adequada, enquanto a temporada de tosquia segue em andamento.
Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na quinta-feira (4/12), a menor oferta em algumas regiões já pressiona os preços para cima. Produtores também se preparam para feiras e exposições que seguem até o final da primavera, priorizando o controle de verminoses e a tosquia dos adultos.
Regiões com maior dinamismo
Na área administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, especialmente em São Gabriel, os trabalhos de esquila estão na reta final e a comercialização da lã tem fluido com facilidade. Já em Passo Fundo, o clima favorável tem garantido boa oferta de alimentos e bem-estar animal. Apesar de a lã bruta ainda encontrar baixa valorização, com preços ao redor de R$ 2/kg e poucos compradores, a demanda pela carne cresceu.
Em Soledade, a boa condição dos campos nativos sustenta o manejo, que inclui seleção de matrizes, incorporação de borregas e compra de carneiros, além dos desmames. Enquanto isso, em Pelotas, algumas propriedades enfrentam desafios no controle de piolhos após a esquila, com relatos de resistência ao manejo adotado.
Situação das pastagens
O campo nativo apresenta recuperação vegetativa em grande parte do estado, com melhora na quantidade e qualidade da forragem. As forrageiras perenes também mostram bom estabelecimento inicial favorecido pelo calor e luminosidade. Porém, a falta de chuvas limita o rebrote em áreas mais secas, exigindo ajustes para evitar sobrepastejo.
As pastagens anuais são as mais afetadas pelo déficit hídrico. Capim-sudão e milheto implantados em setembro não avançaram como o esperado, e áreas recém-semeadas têm crescimento reduzido. Mesmo com algumas chuvas isoladas, a oferta de alimento segue abaixo do ideal. Por isso, os produtores aguardam precipitações mais consistentes para retomar o plantio e recompor o suporte alimentar dos rebanhos.
