Produtividade do milho cresce 61,7% em Mato Grosso do Sul
Clima favorável e tecnologia no campo garantem safra recorde no estado, com média acima de 108 sacas por hectare.
Safra recorde de milho em Mato Grosso do Sul reflete clima favorável e alta eficiência no campo. Foto: Aprosoja MS / Divulgação
A segunda safra de milho 2024/2025 registrou resultados históricos em Mato Grosso do Sul. De acordo com o projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS em parceria com o Governo do Estado, a produtividade média saltou de 67,05 para 108,4 sacas por hectare — um aumento expressivo de 61,7%. Ao mesmo tempo, a produção total atingiu 13,9 milhões de toneladas, avanço de 64,8% em relação ao ciclo anterior. A área cultivada somou 2,1 milhões de hectares, crescendo apenas 1,9%, o que reforça o ganho de eficiência nas lavouras.
Além disso, o levantamento de campo, realizado entre maio e outubro pela equipe técnica da Aprosoja/MS, percorreu 29,8 mil quilômetros e avaliou 1,3 mil propriedades, cobrindo 1,2 milhão de hectares. A Região Norte apresentou as maiores produtividades, com destaque para Alcinópolis (173,79 sc/ha), Chapadão do Sul (167,08 sc/ha) e Costa Rica (163,38 sc/ha).
Polos de destaque e avanços tecnológicos
Os municípios de Maracaju, Sidrolândia, Ponta Porã e Dourados concentraram 36% da produção total do estado. Maracaju liderou o ranking, com 267,4 mil hectares e 1,84 milhão de toneladas colhidas. Por outro lado, outras regiões também apresentaram ganhos consistentes, confirmando o bom desempenho em todo o território sul-mato-grossense.
Segundo o assessor técnico da Aprosoja/MS, Flavio Aguena, o bom resultado reflete o avanço tecnológico e o planejamento estratégico dos produtores. “Apesar de registros pontuais de falta de chuva e geada, o clima foi favorável nos momentos cruciais do desenvolvimento do milho. A análise climática, o escalonamento de semeadura e o uso de cultivares apropriadas trouxeram segurança e contribuíram para o aumento da produtividade”, explicou.
Enquanto isso, o plantio foi concluído em abril, dentro da janela climática adequada, e a colheita terminou em setembro, com leve atraso. Dessa forma, o ciclo confirmou o potencial produtivo do estado. Nos últimos 10 anos, esta é apenas a segunda vez que Mato Grosso do Sul supera a média de 100 sacas por hectare, consolidando-se como referência nacional em eficiência agrícola.
