Preços do milho caem com pressão externa e avanço da colheita no Brasil
Mercado reage à possível elevação das tarifas dos EUA e ao progresso da colheita de milho

Colheita de milho avança no Brasil, mas preços seguem pressionados por cenário externo, aponta Granoeste. Foto: Canva

O mercado de milho iniciou a semana com perdas acentuadas, com o contrato de setembro operando a US$ 4,08 por bushel, queda de 11 a 12 pontos. Na última sexta-feira (7), o mercado registrou ganhos entre 2 e 4 pontos. Na BMF, a posição julho foi cotada a R$ 61,85, enquanto setembro fechou a R$ 61,90, ambos com pequenas variações em relação ao dia anterior.
A pressão no mercado internacional é atribuída à possibilidade de aumento nas tarifas de importação dos Estados Unidos sobre países que mantiverem negociações com os BRICS. A Granoeste destaca a importância de acompanhar os desdobramentos dessa nova taxação, além do impacto das condições climáticas, que continuam a influenciar as expectativas de colheita tanto no Brasil quanto nos EUA.
As exportações brasileiras de milho em junho somaram 369,5 mil toneladas, uma queda considerável em relação às 850,8 mil toneladas embarcadas no mesmo mês de 2024, conforme dados da Secex.
No Brasil, a colheita de milho em Mato Grosso atingiu 40,2%, avanço significativo em relação aos 27% registrados na semana anterior, mas ainda abaixo dos 76,3% do mesmo período do ano passado, de acordo com o IMEA. No mercado doméstico, no Oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 54,00 e R$ 56,00, enquanto em Paranaguá, os preços giram entre R$ 61,00 e R$ 64,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote.
O câmbio, por sua vez, opera em alta, cotado a R$ 5,44, após fechar na última sessão a R$ 5,424.
