Preços do milho caem com impacto das tarifas e preocupações climáticas
Mercado reflete incertezas globais, enquanto safrinha enfrenta desafios climáticos e altos custos de produção

Milho recua na CBOT e BMF com impactos das tarifas dos EUA e incertezas climáticas no Brasil. Foto: Getty Images

Os preços do milho operam em queda na Bolsa de Chicago (CBOT), com perdas de 7 pontos nesta quinta-feira (04/04), cotado a US$ 4,50 por bushel para o vencimento de maio. Na sessão anterior, o mercado já havia encerrado com desvalorizações entre 3 e 4 pontos nos contratos mais próximos.
No Brasil, o milho também registra recuo na BMF. O contrato para maio está precificado em R$ 76,70 (ante R$ 77,28 do fechamento anterior), enquanto junho marca R$ 72,30 (ante R$ 72,70). De acordo com a Granoeste Corretora, o mercado acompanha os desdobramentos do pacote tarifário anunciado pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que trouxe preocupações quanto a possíveis retaliações comerciais e impactos no fluxo global de mercadorias. Embora as medidas causem instabilidade no curto prazo, a tendência é que países busquem suprimentos na América do Sul, o que pode beneficiar os produtos agrícolas brasileiros.
Além disso, as condições climáticas e o plantio fora da janela ideal aumentam as preocupações com a produtividade do milho safrinha em algumas regiões do país. Enquanto algumas áreas podem sofrer perdas, o alto custo de produção comparado aos preços projetados para a safra também preocupa os produtores. No entanto, a expectativa geral ainda é de uma boa colheita, salvo problemas pontuais em regiões afetadas por irregularidades climáticas.
No oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 75,00 e R$ 77,00 por saca, dependendo da localização do lote e das condições de pagamento.
O dólar apresenta forte queda de quase 1,5%, sendo negociado a R$ 5,61. No fechamento anterior, a cotação era de R$ 5,692.
