Plantio do milho 2ª safra atinge 97,4% em MS e entra na fase final
Mesmo com avanço no plantio, estiagem e calor preocupam produtores em algumas regiões do estado

Plantio do milho avança no MS, mas estiagem e calor preocupam em algumas regiões. Foto: Canva

O plantio do milho segunda safra 2024/2025 está praticamente concluído em Mato Grosso do Sul. Segundo dados do Projeto SIGA-MS, desenvolvido pela Aprosoja/MS, até o dia 4 de abril, 97,4% da área prevista já havia sido semeada no estado.
As regiões mais adiantadas são o norte, com 99,8% de área plantada, o centro com 98,6% e o sul com 97,4%, somando aproximadamente 2,04 milhões de hectares cultivados até o momento.
A expectativa é de que a área total atinja 2,1 milhões de hectares, número ligeiramente superior ao ciclo anterior. A produtividade média esperada segue em 80,8 sacas por hectare, o que projeta uma colheita de 10,2 milhões de toneladas – um avanço de 20,6% em relação à safra passada, segundo o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.
As lavouras apresentam, em geral, bom estado. Nas regiões norte, nordeste, oeste e sudoeste, os índices de lavouras em boas condições são de 91,7%, 98%, 96,7% e 85,1%, respectivamente. Já no centro do estado, esse número é de 77,3%. Por outro lado, nas regiões Sul-Fronteira e Sul, os percentuais caem para 55,2% e 32,1%, demonstrando maior impacto de fatores climáticos adversos.
A preocupação aumenta com as previsões do Cemtec, que indicam um trimestre (abril a junho) com chuvas abaixo da média e temperaturas mais altas, especialmente nas regiões oeste e sudeste. A combinação de estiagem prolongada e calor intenso pode comprometer o potencial produtivo da cultura.
Além dos desafios climáticos, o alto custo de produção tem levado muitos produtores a diversificar as culturas da segunda safra.
Para acompanhar o desenvolvimento do milho, os técnicos do SIGA-MS realizam monitoramento diário nas lavouras, avaliando aspectos agronômicos e classificando as áreas como “boas”, “regulares” ou “ruins”, com base no estado geral das plantas, presença de pragas e doenças e uniformidade do estande.
