Milho recua em Chicago com safra cheia nos EUA e colheita lenta no Brasil
Mercado é pressionado pelo bom desenvolvimento das lavouras norte-americanas enquanto clima atrasa a colheita no Paraná e no Centro-Sul do país

Clima no Sul do Brasil atrasa colheita e mercado do milho segue pressionado por safra cheia nos Estados Unidos. Foto: Canva

Os contratos futuros do milho operam em queda na manhã desta segunda-feira (23) na Bolsa de Chicago (CBOT), com perdas entre 4 e 6 pontos. O vencimento julho é negociado a US$ 4,22 por bushel, no menor nível do ano. Na sexta-feira, a commodity também encerrou em baixa, acumulando perda semanal de 0,4%. Na B3, a posição julho está cotada a R$ 63,75 e setembro a R$ 64,15.
De acordo com a Granoeste Corretora, o mercado internacional continua pressionado pelo bom andamento das lavouras dos Estados Unidos e pela expectativa de uma safra cheia. Além disso, agentes monitoram o conflito no Oriente Médio, que pode provocar alta nos preços do petróleo e dos biocombustíveis, com possíveis reflexos sobre o milho.
No Brasil, o avanço da colheita segue lento, impactado pelas condições climáticas. Segundo a Safras Mercado, a colheita da segunda safra no Centro-Sul do país atinge 6,9%, contra 20,5% no mesmo período do ano passado. Os números por estado apontam para 9,5% no Mato Grosso, 7,2% em Mato Grosso do Sul, 6,8% no Paraná, 2,4% em Goiás, 0,9% em São Paulo e 0,3% em Minas Gerais.
No oeste do Paraná, as indicações de compra giram entre R$ 58,00 e R$ 60,00, com mercado lento. Em Paranaguá, os preços variam entre R$ 64,00 e R$ 66,00, dependendo das condições de pagamento e localização do lote.
O câmbio opera em leve baixa nesta manhã, cotado a R$ 5,51. Na última sessão, o dólar fechou em R$ 5,526.
