Milho recua em Chicago com avanço da safra nos EUA e oferta brasileira
Quedas nos preços do petróleo e boa evolução das lavouras americanas pressionam mercado internacional

Colheita avança e oferta brasileira contribui para queda nas cotações do milho. Foto: Canva

O mercado do milho segue em queda na Bolsa de Chicago nesta quarta-feira (25), operando com perdas entre 3 e 4 pontos na posição julho, cotada a US$ 4,12 por bushel. O movimento dá continuidade ao recuo registrado na terça-feira (24), quando o cereal fechou em baixa entre 3 e 5 cents, influenciado pela possibilidade de trégua entre Israel e Irã e pela consequente acomodação nos preços do petróleo.
Segundo análise da Granoeste, outro fator que contribui para a pressão sobre as cotações internacionais é o bom desempenho da safra norte-americana. O último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indica que 70% das lavouras estão em condição boa ou excelente, frente a 69% no mesmo período de 2024. Além disso, 4% das áreas já entraram na fase de pendoamento, mantendo o ritmo do ano anterior.
No cenário brasileiro, a colheita da segunda safra avança lentamente, mas começa a elevar a oferta interna. De acordo com a Conab, o ritmo está atrasado, mas já ultrapassa 10% da área total. Esse aumento na disponibilidade do grão também pressiona os preços domésticos.
Na B3, a posição julho operava em leve alta, cotada a R$ 64,75 por saca, ante R$ 64,64 no fechamento anterior. O contrato setembro era negociado a R$ 64,25 (anterior, R$ 64,39). No mercado físico, as negociações seguem lentas. No oeste do Paraná, as ofertas de compra giram entre R$ 58,00 e R$ 60,00. Em Paranaguá, os preços variam entre R$ 64,00 e R$ 66,00, conforme o prazo de pagamento e a logística envolvida.
No câmbio, o dólar opera em alta nesta manhã, cotado a R$ 5,54, após encerrar a última sessão em R$ 5,519.
