Milho recua em Chicago com avanço da colheita no Brasil e safra promissora nos EUA
Mercado internacional sente efeitos de tensões geopolíticas e ampla oferta global do cereal
Preços do milho seguem em queda com expectativa de oferta elevada no Brasil e nos EUA. Foto: Canva
O mercado de milho segue pressionado nesta terça-feira (9), com o contrato setembro operando em queda de 2 pontos na Bolsa de Chicago (CBOT), cotado a US$ 4,01 por bushel. Na véspera, o mercado já havia registrado perdas acentuadas entre 14 e 16 pontos. Na BMF, a posição julho era negociada a R$ 61,80 e a de setembro a R$ 62,05, ambos com leves variações frente ao fechamento anterior.
Segundo análise da Granoeste, o cenário segue influenciado por fatores geopolíticos e comerciais, especialmente pela postura mais agressiva dos Estados Unidos em relação a parceiros estratégicos. A expectativa de uma oferta global elevada também colabora para manter a pressão sobre os preços.
Nos Estados Unidos, o clima continua favorável e o bom desenvolvimento das lavouras se reflete nos números divulgados pelo USDA: 74% das áreas são consideradas boas ou excelentes, 21% regulares e 5% ruins ou péssimas. Em relação à semana anterior, houve melhora de um ponto percentual na categoria superior. No mesmo período de 2024, os percentuais eram de 68%, 23% e 9%.
Quanto ao estágio de desenvolvimento, 18% das lavouras entraram na fase de pendoamento, contra 22% do mesmo período do ano passado e média histórica de 15%. Já 3% das áreas chegaram à fase de formação dos grãos, mesmo índice do ano anterior e acima da média de 2%.
No Brasil, a colheita da segunda safra avança. De acordo com a Safras News, 27,7% da área já foi colhida, ante 17% da semana anterior. O ritmo, no entanto, segue abaixo dos 61,1% registrados no mesmo período de 2024 e da média histórica de 39,5%. A produtividade no campo, segundo relatos, tem superado as médias históricas em várias regiões.
As indicações de compra no oeste do Paraná estão entre R$ 54,00 e R$ 57,00, enquanto em Paranaguá os preços variam de R$ 61,00 a R$ 63,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização dos lotes.
No câmbio, o dólar opera em leve queda, cotado a R$ 5,45. Na última sessão, a moeda havia fechado em R$ 5,478.
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