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Milho em leve queda na CBOT enquanto mercado aguarda relatório do USDA

Cotações do milho recuam antes do relatório do USDA, enquanto a Conab prevê menor produção brasileira na safra 2025/26

Milho em leve queda na CBOT enquanto mercado aguarda relatório do USDA

Cotações do milho recuam ligeiramente antes da divulgação do relatório de oferta e demanda. Foto: Canva

Foto do autor Camilo Motter
13/11/2025 |

As cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) operam em leve baixa nesta quinta-feira (13), com o contrato de dezembro negociado a US$ 4,35 por bushel. No pregão anterior, o cereal havia subido até 3 cents, mas perdeu força nesta manhã.

No Brasil, o mercado futuro segue a tendência externa. Na B3 (antiga BMF), o contrato de novembro é cotado a R$ 67,70, ligeiramente abaixo do fechamento anterior, de R$ 67,88. A posição de janeiro recua para R$ 70,65, frente aos R$ 70,75 da véspera.

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De acordo com a Granoeste Corretora, os investidores ajustam suas carteiras antes da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O documento será apresentado nesta sexta-feira, após um longo período sem dados oficiais, e deve influenciar o comportamento dos preços.

Os analistas esperam redução na produção norte-americana de milho, estimada em 420 milhões de toneladas, ante 427,1 milhões na última atualização, feita em setembro. Mesmo assim, o volume deve representar um novo recorde, já que a safra anterior totalizou 378,3 milhões de toneladas.

A produtividade média deve recuar para 192,3 sacas por hectare, contra 195,3 sacas no relatório anterior e 187,6 sacas na temporada passada. Em contrapartida, a área cultivada aumentou cerca de 9%, alcançando 39,94 milhões de hectares.

Além disso, os estoques norte-americanos tendem a subir para 54 milhões de toneladas, ligeiramente acima dos 53,6 milhões estimados anteriormente. No ciclo passado, o volume havia encerrado em 38,9 milhões de toneladas. Esse cenário reforça a expectativa de oferta confortável no curto prazo.

Produção brasileira de milho recua, mas área plantada cresce

No Brasil, a Conab divulgou nesta quinta-feira (13) o segundo levantamento da safra 2025/26. A produção total de milho deve atingir 138,9 milhões de toneladas, queda em relação às 141,1 milhões da campanha anterior.

A safra de verão deve alcançar 25,9 milhões de toneladas, enquanto a safrinha pode render 110,5 milhões. Já a terceira safra tende a somar 2,5 milhões de toneladas. Apesar da leve redução no volume total, a área plantada aumentou 4%, totalizando 22,72 milhões de hectares.

As exportações brasileiras devem crescer com força, chegando a 46,5 milhões de toneladas, contra 40 milhões do ciclo 2024/25. O consumo interno também deve aumentar, alcançando 94,6 milhões de toneladas, impulsionado pela expansão da produção de etanol de milho. Com isso, os estoques finais devem atingir 13,6 milhões de toneladas.

No mercado físico, as indicações de compra no oeste do Paraná variam entre R$ 59 e R$ 61 por saca. Em Paranaguá, os preços ficam entre R$ 68 e R$ 70, conforme o prazo de pagamento e a localização do lote.

Câmbio estável mantém pouca influência sobre as cotações

O dólar opera estável em leve queda, cotado a R$ 5,28. No fechamento anterior, a moeda norte-americana valia R$ 5,29. Assim, o câmbio segue sem exercer grande influência sobre o comportamento dos preços do milho.

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Editor RuralNews
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TAGS: #milho # cbot
# bolsa de chicago # camilo motter # USDA
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