Milho busca recuperação em Chicago após perdas e colheita no Brasil continua lenta
Mercado externo é sustentado por demanda de etanol e exportações dos EUA, enquanto excesso de chuvas atrasa colheita em várias regiões do Brasil

Chicago tenta recuperação puxada por exportações e etanol, enquanto colheita no Brasil é travada pelas chuvas. Foto: Canva

Depois das perdas de até 9 pontos na sessão anterior, os contratos futuros do milho em Chicago operam em leve alta nesta terça-feira, com avanço de até 3 cents nas primeiras posições. O vencimento julho é negociado a US$ 4,35 por bushel. Na B3, o milho também registra oscilações discretas: julho é cotado a R$ 62,25 (ante R$ 62,47 no fechamento anterior) e setembro a R$ 63,15 (anterior R$ 63,37).
Mesmo com clima favorável no Meio-Oeste dos Estados Unidos, os preços se apoiam na forte demanda por etanol — impulsionada por novas políticas de biocombustíveis — e no crescimento das exportações. Na última semana, os EUA embarcaram cerca de 1,7 milhão de toneladas de milho.
O plantio já foi concluído no país. Segundo o USDA, 72% das lavouras estão em condições boas ou excelentes, 23% regulares e 5% ruins ou muito ruins. Os números são idênticos aos do mesmo período de 2024.
No Brasil, a colheita da segunda safra segue em ritmo lento. Além do atraso no plantio, o desenvolvimento foi alongado pelas chuvas e, agora, o excesso de umidade dificulta os trabalhos em campo. Dados da Conab apontam que a colheita atinge 3,9% da área total, abaixo dos 13% registrados no mesmo período do ano passado e da média histórica de 8,4%. Já a colheita do milho verão está próxima do fim, alcançando 92,5%.
No Oeste do Paraná, as indicações de compra variam entre R$ 57,00 e R$ 61,00. A expectativa é de aumento da oferta nos próximos dias, com preços da safra velha e da nova praticamente alinhados.
O dólar opera em leve alta nesta manhã, cotado a R$ 5,50. No encerramento de ontem, a moeda norte-americana fechou a R$ 5,487.
