INÍCIO AGRICULTURA Milho Publicado em 07/04/2022

Mercado do milho está mais vendedor do que comprador

Segundo boletim da TeF Consultoria, o mercado de milho está com mais ofertas do que procura
No Rio Grande do Sul, no mercado de milho, foi mais um dia de batalha entre comprador e vendedor. Vendedor quer de R$ 91,00 até R$ 95,00 no interior e o comprador referenciou a R$ 89,00 Santo Angelo, Ijui e Marau, R$ 90,00 Arroio do Meio, posto na indústria. Exportação fez consultas, vê possibilidade de demanda, mas ainda não voltou a comprar. Preços pagos ao produtor em Panambi, mantiveram-se em R$ 84,00 a produtor.
Em Santa Catarina, o mercado voltou a ser mais ofertado, com compradores retraídos. Nota-se redução de consumo de pequenos compradores de todos os tipos, mesmo com mercado mais vendedor do que comprador. Vendedores falando em R$ 92 a R$ 95 e compradores, quando se consegue arrancar uma ideia de preço, entre R$ 89/90,00/saca. O milho importado também está parado, com a alta dos fretes para as cargas que vem de outros estados ou os problemas de frete e alfândega para os milhos que vem do Paraguai. O preços no balcão mantiveram-se ao redor de R$ 88,00 no estado.
No Estado do Paraná, o milho ficou travado, sem negócios conhecidos. Compradores razoavelmente abastecidos, aguardam a colheita da Safrinha. Comprador, no interior a R$ 86,00 e vendedor a R$
90,00. Preços no porto futuro, a posição de julho, com entrega e pagamento até 30/0 ideia de R$ 87,90; para agosto ideia de R$ 88,20 e setembro ideia de R$ 88,80.
No Mato Grosso do Sul, indicações subiram entre 2,00 reais/saca nesta quarta-feira. Apesar da leve alta, no geral os preços caíram muito e o produtor está bem capitalizado, prefere não vender. Por outro lado, as indicações subiram R$ 2/saca em Dourados e Campo Grande para R$ 80,00; R$ 1,00 em Maracaju para R$ 79,00; R$ 2,00 em Sidrolândia para R$ 78,00; R$ 2/saca em Chapadão do Sul para R$ 76,00.
O preço do frete de Campo Grande até Paranaguá ou outros mercados do Sul está ao redor de R$ 260/t, mas já esteve a R$ 275 no início da guerra.

Em Goiás, os preços locais estão competitivos, mas frete alto impede venda para outros estados. Os tomadores estão bastantes retraídos, com posições feitas, vendedores que perderam a oportunidade de venda, quando as exportações vieram no mercado chegando a pagar até 95/sc. Hoje o mercado volta até abaixo dos níveis que estava antes de movimento. GO também manda milho para outros estados, porém a conta não está fechando aqui, fretes altos fizeram esse movimento baixar, ajustando a Base local. Poucas ofertas R$ 81/85,00/saca, dependendo da região; Compradores a R$ 82,00 ou abaixo.
Os preços recuaram na Argentina US$ 2/t para US$ 305 FOB ou R$ 100,58 nos portos do Brasil. Com a queda das cotações das cotações em Chicago (-0,53%) e a queda dos prêmios (2 cents/bushel), os preços do milho argentino voltaram a cair US$ 2/t para US$ 305/t FOB ou US$ 356/t CIF ou R$ 100,58 nos portos brasileiros contra R$ 99,86/saca, do dia anterior. A cotação de Maio também recuou US$ 2/t para US$ 305/t; Junho subiu US$ 4/t para US$ 303 e Julho também subiu US$ 4/t para US$ 303/t. Os embarques Panamax recuaram US$ 4/t para US$ 317 para abril, os mesmos US$ 317 para maio; para junho permaneceram em US$ 307 e julho recuou US$ 2/t para US$ 305/t.

Já o milho paraguaio deverá ter sua produção de safrinha aumentada e irá exportar mais. Os preços do milho paraguaio para a safra 2021, subtraindo migalhas ao mercado, caíram mais de US$ 5 por tonelada no mercado interno, aproximando-se do preço do milho 2022 cuja colheitacomeça em menos de dois meses, de forma tímida.

No mercado brasileiro, os preços do milho com entregas em junho, principalmente a partir de julho, no Brasil não caíram, aliás, subiram US$ 10 no Paraná e US$ 5 em Santa Catarina. As referências do mercado paraguaio fecharam estáveis. As indicações de exportação de milho em grão para a safra 2021 em março para exportação totalizaram 77,24 mil toneladas, um aumento de 71% ou 32,1 mil toneladas em relação a 45,122 mil toneladas em fevereiro e 62% ou 29 mil toneladas em relação a março do ano passado. Esses aumentos mensais e anuais são surpreendentes, pois com o colapso da safra de milho do ano passado, a expectativa era de que o volume a ser exportado em março seria bem menor do que o registrado, porém, no ano passado as exportações em Janeiro e fevereiro foram 80% superiores a 2022, 529 vs. 106 mil toneladas, respectivamente.
Das 77,24 mil toneladas indicadas em março, 51% ou 39,2 mil foram registradas na primeira quinzena e 38,04 mil toneladas ou 49% no segundo. Em 2021 eram 23% ou 10.816 e 77% ou 37 mil toneladas.
Em janeiro e fevereiro do ano passado, foram nominadas 391 e 138 mil toneladas, respectivamente, e 47 mil em março, em 2022 foram 61 mil em janeiro, 45 mil em fevereiro e 77 mil em março. Com isso, os grãos de milho acumulados indicados para exportação nos três primeiros meses de 2022 é de 183.787 mil toneladas, 68% ou 393.455 mil toneladas a menos que 577.242 mil toneladas nos mesmos três primeiros meses de 2021.

O Brasil foi destino de praticamente 100% ou 77 mil toneladas das exportações de março, 240 toneladas passaram pelo rio Paraguai em contêineres. Em 2021, essa distribuição foi de 99% ou 47,31 mil toneladas para o Brasil e 1%   ou 506 mil toneladas para mercado uruguaio de contêineres.

CARNES
Preços das carnes fecharam de inalterados a mais altos, na quarta-feira. O dia foi de fechamento em alta para as carnes, com subidas para o boi gordo, bezerro e frango e o suíno fechando inalterado. O boi gordo teve alta de 0,99% para R$ 336,70/@, aumentando o acumulado positivo do mês em 4,16%. O bezerro fechou em alta de 0,17% a R$ 2.850,39 reduzindo o acumulado negativo do mês a de 0,66%. O frango fechou em alta de 1,25% a R$ 8,11/kg, aumentando o mês com acumulado positivo para
3,31%. E o suíno fechou inalterado a R$ 4,55, mantendo o acumulado do mês para negativos 3,6%.
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