Mercado de feijão segue lento com preços em queda
Com oferta restrita e compradores retraídos, os preços do feijão caem no mercado brasileiro e safra 2025/26 registra leve retração

Oferta limitada e menor liquidez mantêm os preços do feijão em queda no mercado interno. Foto: Canva

O mercado de feijão manteve-se lento na última semana, e os preços caíram sob pressão. Compradores retraídos e a presença maior de lotes com umidade inadequada para a indústria limitaram os negócios.
Lotes extras, com peneira 12 acima de 90%, continuam escassos e, por isso, mais valorizados. Muitos produtores negociam apenas quando precisam de liquidez, enquanto vendedores com maior capital preferem armazenar o produto.
No campo, produtores avançaram na semeadura da safra 2025/26, que atingiu 21,1% da área estimada para a primeira safra, segundo dados da Conab. No Sul do país, as chuvas atrasaram o plantio, enquanto em São Paulo a semeadura já foi finalizada. Produtores paulistas agora se preparam para iniciar a colheita no final do mês. A irrigação em muitas lavouras permite colheita antecipada.
Safra 2025/26 com leve retração
A temporada brasileira de feijão 2025/26 deve totalizar 3,04 milhões de toneladas, queda de 1% em relação à safra anterior. A redução ocorre por conta da menor área plantada, de 2,68 milhões de hectares (-0,4%), e da leve queda na produtividade, estimada em 1.134 kg/ha (-0,5%).
A oferta apresenta comportamento distinto entre os tipos de feijão — cores, preto e caupi —, influenciando negociações e preços em cada segmento.
