Mercado do milho abre a semana com estabilidade e atenção ao relatório do USDA
No Brasil, o milho mantém preços firmes com demanda aquecida e expectativa pelo novo relatório do USDA.
Mercado do milho inicia a semana estável, com atenção ao relatório do USDA. Foto: Canva
O mercado global de milho iniciou a semana sem grandes oscilações. Na Bolsa de Chicago (CBOT), o contrato para março permanece ao redor de US$ 4,45 por bushel, segundo análise da Granoeste. A semana passada também se manteve estável, com variações pequenas ao longo das sessões.
No Brasil, a B3 registrou leve avanço nos preços. O contrato janeiro opera a R$ 74,30, e março segue em R$ 76,10. Os operadores ajustam posições antes da divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA, que será publicado nesta terça-feira. A expectativa indica estoques maiores nos Estados Unidos, embora parte do mercado projete redução nos estoques globais em relação ao relatório anterior.
Apesar do recorde de produção mundial, o consumo cresce no mesmo ritmo, especialmente por causa da maior demanda da indústria de etanol. Além disso, o Japão deve ampliar as importações neste ciclo para 15,8 milhões de toneladas, ante 15,5 milhões na temporada passada.
Brasil mantém competitividade nas exportações
As exportações brasileiras totalizaram 5,03 milhões de toneladas em novembro. Embora o volume seja menor que o de outubro, de 6,5 milhões, ele supera o desempenho de novembro do ano passado, quando o país embarcou 4,73 milhões de toneladas. No acumulado da atual temporada, o Brasil já soma 31,2 milhões de toneladas, ligeiramente acima do mesmo período anterior.
O mercado interno também segue firme. A retração dos produtores na oferta e o período de entressafra reforçam o sentimento positivo sobre os preços. Além disso, muitos já observam a possibilidade de uma janela mais curta de plantio para a safrinha, o que aumenta a cautela. Ao mesmo tempo, cresce a necessidade de liberar espaço nos armazéns para a próxima colheita.
No oeste do Paraná, compradores indicam negócios entre R$ 62,00 e R$ 64,00. Já em Paranaguá, as negociações variam de R$ 68,00 a R$ 70,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote. Enquanto isso, o câmbio opera em queda, cotado a R$ 5,40, após forte alta na sessão anterior.
