Colheita do milho no Rio Grande do Sul atinge 82%

A colheita do milho avançou 4% em relação ao período anterior, atingindo 82% no Rio Grande do Sul, de acordo com levantamento da Emater-RS/Ascar divulgado neste dia 25/04, quinta-feira. O ritmo da colheita ainda está um pouco lento em razão da priorização de colheita da soja e das precipitações, que dificultaram a operação.

Os preços recebidos pelos produtores têm se apresentado inferiores ao desejado. A remuneração, por vezes insatisfatória, somada aos riscos de estiagem e à incidência elevada de pragas – especialmente cigarrinha –, afetam a intenção de plantio da próxima safra, que poderá sofrer redução de área. A área de cultivo no Estado está estimada em 812.795 hectares, e a produtividade atual em 6.464 quilos por hectare.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as lavouras em safrinha estão em fase de enchimento de grãos e foram favorecidas pela amplitude térmica e pela sequência de dias com suficiente radiação solar. Tratos culturais relacionados ao controle de doenças fúngicas e insetos, como cigarrinha e lagarta, estão concluídos.Em São Gabriel, 90% das lavouras estão colhidas, e 10% em fase de maturação.
A produtividade média foi superior a outros anos, apesar da ocorrência de estiagem no verão, que atingiu até 60 dias em algumas localidades.Na de Caxias do Sul, nos municípios onde não há cultivo de soja, a colheita avança de forma escalonada em razão da característica topográfica das pequenas áreas de plantio do cereal e do menor porte do maquinário disponível.Na de Erechim, as áreas afetadas por doenças e por cigarrinha sofreram diminuição drástica da produtividade média.

Há relatos de produtores que esperam o aumento de preços para efetuar a venda do milho colhido.Na de Pelotas, as precipitações das últimas semanas contribuíram com a manutenção de umidade no solo, que é fundamental para a plena atividade fisiológica das plantas em fase de enchimento de grãos. As lavouras apresentam bom desenvolvimento, porém, nas implantadas tardiamente, há relatos de forte incidência de cigarrinha, ocasionando perdas.
A área colhida atinge 30%; em fase de enchimento de grãos, 36%; e em maturação, 29%.Na de Santa Rosa, a produtividade média esperada para o cultivo era inicialmente de 8.578 quilos por hectare. Contudo, as condições climáticas adversas no período de desenvolvimento e de floração das lavouras reduziram a expectativa de produção para 5.693 quilos por hectare.

Houve, portanto, quebra de rendimento de 33%.Ainda são esperadas diminuições de produtividade por ataque de cigarrinha e por doenças virais. Algumas lavouras são transformadas em silagem devido à redução de produtividade, causada pelo ataque da cigarrinha no início do desenvolvimento. Em função da perspectiva de manutenção das infestações de cigarrinha para a próxima safra, os produtores têm avaliado alternativas para a produção de grãos no verão, como sorgo, principalmente em propriedades menores.Na de Soledade, além da priorização da colheita de soja, o longo período chuvoso elevou a umidade do grão, atrasando a colheita do cereal.

Outros fatores climáticos, como a diminuição da radiação solar e da temperatura, característicos desta época do ano, também contribuem para aumentar a duração das fases de desenvolvimento do milho. A fase de maturação de grãos atinge 16% da área, mas ocorre de forma mais lenta em função dos fatores apontados. A área colhida atinge 62% e em enchimento de grão, 20%.Comercialização (saca de 60 quilos) - O valor médio, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, teve aumento de 2,41%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 52,71 para R$ 53,98.



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