As cotações do suíno vivo e da carne continuam em movimento de recuperação em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, especialmente no Sudeste. Com as recentes altas, os preços do animal vivo em algumas praças voltaram aos patamares observados em novembro de 2020 e, no caso da carne, em janeiro/21. Segundo pesquisadores do Cepea, além do bom ritmo das exportações, as temperaturas mais amenas, que favorecem o consumo de carne suína, o auxilio emergencial e a expectativa de flexibilização da quarentena também favoreceram as vendas internas da proteína.
O mês de março foi marcado por quedas nos preços do suíno vivo e da carne. Na ponta final, a demanda pela proteína suína esteve fraca, especialmente devido a medidas de isolamento para conter o avanço da pandemia da covid-19, que diminuiu a liquidez e fez com que indústrias limitassem as aquisições de novos lotes de animais para abate. Leia mais.
Enquanto as vendas domésticas de carne suína estiveram enfraquecidas ao longo de março, as exportações da proteína apresentaram desempenho recorde no mês. Segundo dados da Secex, o Brasil embarcou 96,8 mil toneladas de carne suína in natura em março, aumento de 35,4% frente a fevereiro, significativos 53% acima do volume escoado em março/20 e um recorde, considerando-se a série da Secretaria, iniciada em 1997.
Influenciados pela baixa demanda no mercado doméstico, especialmente por conta das medidas de isolamento para diminuir o avanço da covid-19, os preços médios da carne suína caíram de fevereiro para março. Já os valores das principais carnes concorrentes, bovina e avícola, registraram leve alta na mesma comparação. Esse cenário elevou, novamente, a competitividade da proteína suína, já que resultou em aumento na diferença em relação à carcaça casada bovina e em redução no intervalo frente ao frango resfriado.