O mês começou agitado no mercado do boi. Segundo os dados divulgados pelo CEPEA, o indicador fechou o dia em 324,95 reais/@, alta de 3,24% quando comparado ao dia anterior. Com esse aumento no preço, o animal voltou a ser cotado acima do patamar de 320 reais, algo que permaneceu relativamente constante na segunda quinzena de junho.
Quando analisamos o consumo de carne no mercado interno, os boletins não vêm apresentando certo otimismo de vendas. Apesar deste cenário, a chegada do tão esperado dia 05 do mês registrou aumento no consumo da proteína e demanda por certa reposição do estoque dos atacados, trazendo um viés altista para o mercado do boi. Somado a isso, as exportações fecharam o mês de junho com um ritmo muito forte. Segundo os dados divulgados pela Agriffato no dia 04 de julho, foram exportadas 152,66 mil toneladas de carne bovina in natura, totalizando um faturamento de 1.04 bilhões de dólares, maior arrecadação do ano.
Para o mercado futuro a tendência é de certa estabilidade nos preços para o mês de julho. Segundo os dados da B3, o pregão de ontem fechou em 329,40 reais/@. Passando para os contratos fechados para agosto e setembro o mercado não está prevendo forte valorização, os animais estão cotados para 331,85 e 332,00 reais/@, respectivamente.
Desta forma, é preciso ter em mente alguns fatores que sinalizam um cenário positivo para o mês atual:
-Nos últimos 30 dias o indicador do boi gordo apresentou um preço médio de R$317,93/@
-No início do mês, o mercado fechou em forte alta, a R$324,95/@; valorização de 3,24%DoD.
-Aumento do consumo de carne por conta do pagamento de salários pode manter um certo apetite dos frigoríficos nas compras.
-Além disso, segundo os dados divulgados pela Agriffato, as exportações apresentaram forte ritmo no mês de junho totalizando um faturamento de USD 1,04 bilhões, recorde em 2022.
-No mercado futuro, o pregão do dia 04 fechou a cotação para o mês de julho em 329,40 reais/@.
-Para os próximos dois meses, a commodity segue cotada no patamar de 332 reais.