Segundo o boletim semanal ANÁLISE DO ESPECIALISTA, fornecido pela Grão Direto, uma plataforma que conecta agricultores, compradores, corretores e armazéns, o conflito entre Rússia e Ucrânia - que já perdura há 4 semanas - é ainda o principal impulsionador das cotações na Bolsa de Chicago. Embora a guerra continue e esteja causando uma falta de produtos no mercado - trigo, milho, petróleo, entre outras - a semana passada foi considerada tranquila e possibilitou a correção dos preços de praticamente todas as commodities, inclusive da soja.
A bolsa de Chicago fechou a semana no campo negativo, valendo US$16,66 dólares por bushel (-1,47%). Em paralelo a isso, as cotações dos derivados de soja também acompanharam as quedas, como o óleo (-13,43%) e farelo (-3,68%). Além do fator geopolítico, as preocupações com o novo surto de Covid-19 na China, vêm provocando cautela no mercado em geral.
Na quarta-feira passada, a moeda americana continuou sendo pressionada pelo fluxo positivo da entrada de capital estrangeiro, esse movimento foi fortalecido devido ao aumento da taxa Selic de 10,75% para 11,75% ao ano, sendo o maior nível em quase cinco anos. Com a queda do dólar em Chicago, valendo R$5,02 (-1,02%), foi possível notar uma desvalorização da soja disponível e futura, durante a semana.