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Confina Brasil mostra que confinamentos do Paraná são exemplos de sustentabilidade e tecnologia

Confinamento Recreio, em Umuarama/PR, deve encerrar o ano com 30 mil animais

Com a maior capacidade estática do Paraná, com 10.800 cabeças, o Confinamento Recreio (Umuarama/PR), deve encerrar o ano com 30 mil animais. Além disso, tem planos de expansão para os próximos dois anos, chegando a 11 mil cabeças. “Percebemos que existe preparo de baias para silagem e armazenagem de concentrado. O gado é padrão Nelore e chama a atenção a utilização de DDG e WDG”, conta o veterinário Bruno Alvim, técnico do Confina Brasil.
Na propriedade Angus Três Meninas (Cascavel/PR), o proprietário Agassiz Linhares Neto, engenheiro agrônomo, é um apaixonado pela raça Angus. “Ele começou com alguns animais para fazer engorda para corte e gostou da raça. Ele é um melhorador de genética e  faz seleção com uso de ferramentas e tecnologias. Agassiz vê o Angus como muito positivo para a pecuária brasileira, desde que seja bem manejado, principalmente nas localidades mais quentes do Brasil”, destaca o médico veterinário e técnico do Confina Brasil, Olavo Bottino.


A expedição também visitou a Fazenda São Domingos (Cascavel/PR), de Fabio Padovani, que tem foco em sustentabilidade. “Fabio pensou primeiro no destino dos dejetos e só depois na produção de carne. Isso é mais comum na produção de suínos”, explica Olavo. A propriedade conta com biodigestor, no qual é feita inoculação com microrganismos para enriquecimento dos dejetos para melhor desempenho quando usado como adubo orgânico nas lavouras”, diz Felipe Dahas, médico veterinário e coordenador da expedição Confina Brasil.


 Uma curiosidade é o fato de fazerem o sistema de recuperação da microbiota existente na região. “Eles vão até as florestas, fazem a coleta da fauna, replicam e aplicam nas lavouras e até no confinamento para ter uma melhor produção de biometano por meio do biodigestor. Os produtores entenderam que tinham que fazer multiplicação de bactérias e aplicação ainda no confinamento. As bactérias que enriquecem os dejetos fazem captura da amônia, não deixando o desconforto respiratório nos animas. Isso é muito notável”, destaca Felipe.


 A próxima parada foi na Fazenda Genco (Santa Elisa/PR), que usa o confinamento como ferramenta de reprodução e tem como desafio as novilhas primíparas. “Assim que atingem o peso, são inseminadas e passam pelo toque para checagem do positivo. A partir daí, é decidido se ficam no confinamento ou engordam e vão para o abate”, diz Felipe. A propriedade trabalha com Nelore e conta com suporte de consultores, o que não é comum no Paraná. Usa dieta com volumoso bem baixo concentrado, com o intuito de colocar peso e dar suporte para que as fêmeas tenham condição de emprenhar e cria bem os bezerros”, pontua Felipe.


Marcelo Borba é proprietário da Fazenda Florão (Santa Elisa/PR), com 89% do confinamento coberto da baia, sendo 60 baias de 15 animais. Conta com curral de manejo e confinamento exemplares, onde consegue rebater e manejar os animais de maneira excelente. Com logística otimizada e gado de excelente qualidade, o proprietário faz questão de comprar todos os animais. Ele termina cerca de 4 mil animais no ano.

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