A Associação de Terminais Portuários Privado (ATP) se posicionou sobre aprorrogação do Reporto até 2028. Segundo o presidente da entidade,Almirante Murillo Barbosa, a "prorrogação será fundamental para a evolução e continuidade dos investimentos no setor portuário nacional".
O dirigente afirma que o regime possibilita a modernização dos portos e a ampliação da infraestrutura portuária, além de garantir a ampliação da competitividade dos portos brasileiros no cenário mundial. Para Murilo Barbosa, o ministro dos Porto e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, teve papel decisivo no avanço da proposta de prorrogação do regime no Congresso Nacional. "A sensibilização do Parlamento sobre a sua importância também foi fundamental", ressaltou o presidente da ATP.
O Brasil possui 34 portos públicos e 147 terminais de uso privado (TUP), responsáveis pela movimentação marítima e fluvial de 80% das mercadorias consumidas diariamente. Os TUPs realizam 65,5% desse total de movimentação, e os portos organizados, 34,5%. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os dados do Boletim Logístico revelam o impacto dos produtos agrícolas nas exportações brasileiras.
Até o mês passado, o setor registrou um superávit na balança comercial de US$ 75,5 bilhões: US$ 85,8 bilhões (exportações) e US$ 10,4 bilhões (importações). Segundo o Ministério da Economia, em outubro, as exportações brasileiras atingiriam US$ 210,7 bilhões, sendo que a participação do agronegócio chegaria à metade desse total. No setor agropecuário, o complexo soja tem o maior valor acumulado de todas as cadeias – 39,2% do total -, seguido pelas carnes com 16,4%.
Para a Associação de Terminais Portuários Privado, a prorrogação do Reporto representa uma conquista, não apenas para o setor de logística, mas também para a economia nacional. "Esperamos que o projeto de lei seja sancionado pela Presidência da República", declarou.