Governo Federal insiste em modelo híbrido para novas concessões de pedágio no PR

Em reunião com a FPA, ministro afirmou que modelo hibrido vai garantir tarifa justa nas concessões no Paraná, ao contrário do que pensam entidades e população do Estado

Em reunião nesta terça-feira (4) com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, reforçou a importância do modelo híbrido usado pelo Governo Federal nas concessões rodoviárias para as rodovias do Paraná. Aos parlamentares presentes no encontro, Freitas destacou o leilão bem-sucedido da BR-153, entre Goiás e Tocantins, realizado na semana passada, como exemplo e ratificou o compromisso de uma tarifa justa de pedágios aos paranaenses, atrelada aos investimentos previstos.
A insistência do Ministério da Infraestrutura nesse modelo vai contra o que pensam as entidades representativas paranaenses, como FAEP e associações comerciais, que já foram ouvidas em audiências públicas realizadas pela Assembléia Legislativa.
 
"Alguém está achando que vai ter R$ 40 bilhões de investimentos e pagar R$ 3, R$ 4 de tarifa? Não vai, lamento. Isso não existe. Se a gente quiser garantir que vamos ter R$ 42 bilhões de investimentos e mais R$ 34 bilhões de operação, eu tenho que ter a tarifa justa, que é o nosso objetivo", garantiu o ministro, acompanhado do deputado federal paranaense, Sergio Souza, presidente da FPA.


Tarcísio reafirmou que o projeto paranaense não prevê pagamento de outorga. Ou seja, qualquer valor ofertado como desempate no momento do leilão será integralmente utilizado no próprio projeto. Algo parecido com o que ocorreu com a BR-153, onde 75% (R$ 960 milhões) do valor servirá para antecipar as obras de duplicação do trecho da rodovia dentro do estado do Tocantins. No caso do Paraná, o montante poderá viabilizar uma redução maior das tarifas dos pedágios - além do que já está prevista no projeto.


"Posso canalizar esse valor todo para redução de tarifa porque é um dinheiro livre e eu preservo o caixa do projeto e garanto que o investimento vai ser feito", explicou Tarcísio, reforçando a importância do desconto controlado. "O desconto de 17% não foi chutado. É o valor que zera a remuneração de capital próprio. Eu deveria ficar extremamente desconfiado com quem oferece um desconto acima dos 17%."

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