Queda contínua nos valores preocupa produtores da região
Os preços da alface têm registrado queda por quatro semanas consecutivas nas regiões paulistas de Mogi das Cruzes e Ibiúna. Mesmo com a oferta controlada, já que muitos produtores reduziram as áreas de plantio, a demanda fraca tem pressionado as cotações, dificultando o escoamento do produto. Segundo colaboradores do Hortifrúti/Cepea, algumas áreas até chegaram a ser gradeadas por falta de mercado para o volume produzido.
Na parcial de junho (1º a 13/06), os preços médios ficaram em R$ 1,40 por unidade para a alface americana em Ibiúna e R$ 1,15 por unidade para a alface crespa em Mogi das Cruzes. Esse cenário preocupa, pois os custos de produção continuam elevados, incluindo insumos e mão de obra, que também está escassa nas duas regiões. Caso os preços se mantenham baixos, a margem de lucro, já apertada, pode ficar negativa, gerando prejuízos significativos.
Quanto à qualidade, o cenário é positivo em geral. A queda nas temperaturas ocasionou algumas perdas por queima de borda das folhas, principalmente em áreas de baixada. Em relação à fitossanidade, os problemas observados são pontuais, com incidência de míldio e bactérias.