Quebra da safra argentina dá sustentação aos preços do milho na CBOT

Os preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT), chegam ao intervalo na manhã de quarta-feira, 15/03, com alta de 3 cents, cotados em U$ 6,24/maio. No dia anterior, houve ganhos entre 6 e 7 cents nos principais vencimentos. A BMF trabalha em R$ 87,50/maio (-0,4%) e R$ 86,30/ julho (-0,1%).

O analista de mercado, Camilo Motter da Corretora Granoeste de Cascavel/PR, informa que o mercado segue atento a fatores técnicos, notadamente pela fuga de investidores dos ativos de risco diante da instabilidade financeira – que é provocada pela quebra de dois bancos nos EUA. Pesa também o baixo ritmo das exportações norte-americanas que chegam a 16,3MT, ante 25,9MT do mesmo período do ano passado. Por outro lado, a acentuada quebra da safra argentina promove sustentação.

De acordo com o DERAL, a colheita de milho verão no PR chega a 43%. A produção está estimada em 3,7MT, ante 3,0MT do verão passado. A área semeada ficou em 387 mil hectares, queda de 10% na comparação com a última campanha.

Segundo eles, o plantio da safrinha no estado atinge 61% dos 2,64MH previstos para esta safra – queda de 3% em relação à temporada anterior; mesmo assim, a produção é esperada em 15,4MT, ante 13,3MT colhidas na safrinha passada.

Mercado interno se mantém em ritmo lento, o foco segue direcionado para a logística da soja, fazendo com que os preços dos fretes subam de forma acentuada e cortem as indicações de preço no FOB também para o milho, destaca o analista. Contrariamente, os problemas climáticos na Argentina e o conflito no Leste Europeu concorrem para promover sustentação aos preços.