Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago chegaram ao intervalo na manhã de quarta-feira, 03/05, com queda de 3 cents, a U$ 5,77/julho. Ontem, mercado fechou com 8 cents de baixa. Na BMF, maio opera em R$ 62,40 (-1,7%) e julho em R$ 60,70 (-2,0%).
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste, de Cascavel/PR, o mercado internacional de milho é pressionado pelas perspectivas de aumento dos estoques globais, apesar da quebra na Argentina.
O Brasil poderá ter produção recorde. Já nos EUA o plantio avança rapidamente e o clima segue favorável, concorrendo para uma boa safra. Além disso, logo mais o FED irá apresentar a nova taxa de juros nos EUA, que tende a ser reduzida diante da possibilidade de recessão econômica – o que sempre gera mais cautela entre os investidores.
No leste europeu, as exportações de grãos pela Ucrânia tiveram aumento de 15% em abril deste ano em comparação com abril de 2022. O acordo para escoamento de grãos será renegociado novamente em maio.
De acordo com a consultoria StoneX, o Brasil poderá produzir 131,6MT de milho nesta temporada. Essa previsão é ainda superior à do mês passado, quando a colheita era estimada em 131,3MT.
O IMEA indica uma nova elevação nas projeções para a safra do Mato Grosso, estimada agora em 47,0MT, 7,2% superior à colheita da temporada 2021/22. Para maio, chuvas são esperadas e, caso se concretizem, a safra estará bem encaminhado.
Mercado interno se mantém lento e segue pressionado, com cotações nos patamares mínimos em mais de dois anos. Aumento do interesse vendedor, avanço da colheita de verão, bom aspecto das lavouras de safrinha e acomodação das cotações internacionais seguem prevalecendo na formação do preço.
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