Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago chegam ao intervalo nessa manhã de segunda-feira com ganhos entre 5 e 7 pontos. Na sexta-feira, as perdas variaram entre 20 e 30 pontos. Na BMF, julho opera em R$ 53,10 (-0,7%) e setembro em R$ 54,90 (-0,8%).
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR o mercado segue digerindo o aumento de área nos EUA, segundo dados do USDA em relatório apresentado na última sexta-feira.
O relatório de área de milho nos EUA ficou acima do esperado em quase 1,0MH, sendo projetada pelo USDA em 38,08MH, contra 37,17MH esperado pelo mercado e 37,23 da primeira intenção de plantio. No ano passado, a área de plantio foi de 36,39MH.
Além disso, os estoques trimestrais norte-americano, vieram com 104,3MT, ante 108,1 esperados pelo mercado e 110,4MT de junho do ano passado.
A colheita de milho safrinha em nível de Brasil chega a 11%, ante 21,8% do mesmo ponto do ano passado. Assim sendo, 8,2% de média para o período. Por estado, os trabalhos de campo atingem: 21,2% no Mato Grosso; 5,2% em Goiás; 2,3% no Mato Grosso do Sul; 0,9% em São Paulo e 0,5% no Paraná.
Internamente, apesar de certo atraso na colheita, começa a aparecer no mercado produto novo para comercialização disponível. Com isto, a tendência é que os preços domésticos convirjam definitivamente para a paridade internacional (CBOT, câmbio e prêmios). Por esta razão, as oscilações em Chicago e no câmbio terão influência direta na formação do preço. O monitoramento sobre o comportamento do clima nos campos do Meio Oeste será fundamental daqui para frente.