Discussão sobre status de febre aftosa do Maranhão é tema de pré-evento da Agrobalsas
Por: Da reda
“E o Maranhão é importante neste cenário, pois aqui estão 8 milhões de cabeças de gado, fazendo com que o Estado seja um importante na pecuária nacional, ficando atrás apenas da Bahia na região Nordeste”, afirmou Pugliesi.
Ele também enfatizou o papel do pecuarista na sustentabilidade da cadeia produtiva, com o crescimento acelerado da Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), evidência clara da preocupação do pecuarista com o meio ambiente.
Outro ponto destacado pelo representante da CNA foi a imagem errada do pecuarista brasileiro que é levada para o exterior. “Para os europeus, toda carne produzida no Brasil vem da Amazônia e isso não é verdade”, salienta. E o que é preciso enfatizar lá fora onde fica localizada a Amazônia é que existem leis que permitem a produção pecuária na região. “É claro que existem problemas com pecuaristas produzindo ilegalmente, mas isso já um problema da fiscalização”, salienta. Para ele, a grande maioria dos pecuaristas preservam o meio ambiente, preservam as nascentes e produz com sustentabilidade.
Margarida Prazes, coordenadora do Programa de Combate à Febre Aftosa da AGED (Agência Estadual de Defesa Agropecuária) do Maranhão, explica que o Estado é considerado livre de febre aftosa com vacinação. Ela afirmou que o Estado está se adequando às quatro grandes exigências do MAPA para conseguir tonar esse esse status sem a vacinação.
A primeira exigência é ter a geolocalizacão de 70% das propriedades e o Maranhão já tem 80%. A segunda é passar por uma auditoria do MAPA, que vai acontecer em julho de 2023. A terceira é execução do Plano Estratégico, que já está em 80% no Estado. E a quarta é a criação de um fundo privado, o FUNDEPEC, no qual o produtor faz a contribuição quando emite o GTA (Guia de Transporte Animal). “O fundo é importantissimo porque garante, em caso de emergência, a indenização do pecuarista na ocorrência de um caso”, afirma.
Segundo ela o Estado hoje tem 10 milhões de cabeças de gado. O Plano Estratégico do MAPA impõe 42 ações para serem cumpridas pelos Estados para que consigam retirar a vacinação. “Os esforços agora são para que em novembro de 2023 o MAPA libere para que o Maranhão pare de vacinar seu rebanho. A partir daí começa a correr o prazo de até 2 anos para se monitorar o rebanho. Se nenhum caso for registrado nesse período, daí sim o Estado se torna definitivamente livre da doença sem vacinação”, informa.
No final do evento foi feito um debate entre todos os participantes do Fórum, que discutiram o tema e buscaram as soluções e a troca de informações sobre a importância da pecuária para o Estado do Maranhão.
SERVIÇO
O QUE É: Agrobalsas
ONDE: Fazenda Sol Nascente, em Balsas, região Sul do Maranhão.
QUANDO: de 16 a 20 de maio de 2023