Feijão
17-11-2023 | 18:30:00
Por: Ibrafe
Secretaria de Defesa do Consumidor da India pede que Brasil cultive mais Feijões
O Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (IBRAFE) ao lado da APEX Brasil, está trabalhando para que o Brasil alcance o maior mercado mundial com a oferta de Feijões e Pulses.
Por: Ibrafe
A Índia representa quase metade do consumo mundial de leguminosas. No período entre janeiro e outubro desse ano, o país importou 2,26 milhões de toneladas de lentilhas, Feijão-guandu e Mungo Preto contra 1,4 milhões de toneladas no ano anterior.
“Eu, como secretário de assuntos do consumidor, preciso garantir que alimentos estejam disponíveis no país para nossos 1,4 bilhão de consumidores a um preço acessível. Existem duas questões, acessibilidade e disponibilidade, e ambas estão inter-relacionadas. Como somos um país predominantemente vegetariano e os níveis de rendimento estão a aumentar, o consumo de proteínas através de leguminosas também aumenta. Para responder à crescente procura, gostaríamos de diversificar nosso risco e pensamos que o Brasil tem a capacidade de atender essa demanda", declarou.
Negociações
A Índia iniciou uma discussão com o Brasil em maio sobre a exploração da possibilidade de cultivo de Guandu e Mungo preto.
Embora as importações de lentilhas tenham sido as mais altas entre todas as leguminosas, com 1,1 milhão de toneladas, as importações de ambos os feijões foram de 686.073 toneladas e 453.529 toneladas, respectivamente. Apesar de alguma melhoria desde 2011, o fosso entre a procura e a oferta destas leguminosas está a aumentar e exigiu uma importação anual de 2-2,5 milhões de toneladas de leguminosas nos últimos anos.
“Continuaremos consumindo esses Feijões e garanto ao Brasil que haverá mercado em termos de importações. Cada país tenta se tornar independente em termos de produção e, portanto, quer reduzir a dependência das importações. Levará algum tempo para conseguirmos chegar a esse patamar. Enquanto isso, a dependência das importações continuará", acrescentou Singh.
Na reunião, Ramesh Chand, membro do Niti Aayog, sugeriu que a Índia aprenda com o Brasil em termos de fortalecimento da economia, seguindo seu modelo de industrialização que oferece emprego para pessoas fora do setor agrícola, aumentando a produtividade agrícola e garantindo a segurança alimentar. Ele destacou o olhar para o programa de fome zero, a utilização eficiente da água no setor agrícola e o aumento do papel do setor privado na agricultura, a integração tecnológica para aumentar a capacidade de mistura de etanol com gasolina, e assim por diante.
Chand disse ainda que “a Índia poderia ajudar o Brasil a aprender sobre o milho, o ‘alimento do futuro’, já que são culturas resistentes ao clima”.
Foco na exportação
O Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (IBRAFE) ao lado da APEX Brasil, está trabalhando para que o Brasil alcance o maior mercado mundial com a oferta de Feijões e Pulses.
Negociações com Índia, China e outros países estão adiantadas e a cada dia novas portas se abrem para produtores que têm interesse em diversificar sua produção focando em novas cultivares, principalmente as consumidas nos países mais populosos. Algumas vezes temos impasses que no caso da India nestes Feijões é que eles são os únicos importadores do mundo destas cultivares. Assim, necessitamos que haja formalmente um compromisso de parte do lado indiano para que nossos produtores e exportadores invistam na cultura.
“Precisamos pensar melhor no comércio exterior. Importações e exportações são a mola propulsora para que o país possa pagar suas contas, gerando caixa a partir das exportações. Apesar de o Brasil ter alcançado o posto de maior exportador de alimentos do mundo, é necessário reavaliar nossas práticas e focar no potencial que ainda temos para garantir não só o Feijão, mas todos os alimentos essenciais nos pratos de todo o planeta”, declarou o presidente do IBRAFE, Marcelo Eduardo Lüders.
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Texto publicado originalmente em https://www.ibrafe.org/noticias/secretaria-de-defesa-do-consumidor-da-india-pede-que-brasil-cultive-mais-feijoes