Cotações do feijão seguem comportamento desigual, influenciadas pela qualidade do produto, região de comercialização e fase da safra
Levantamentos do Cepea apontam que, na última semana, os preços do feijão apresentaram variações distintas conforme a qualidade do produto e a região analisada. Segundo o Centro de Pesquisas, esse comportamento está relacionado à transição entre safras e à presença de estoques com características diferentes em diversas praças.
No caso do feijão carioca com qualidade igual ou superior a nota 9, a oferta restrita levou vendedores a aumentarem os preços pedidos, enquanto compradores com maior urgência aceitaram negociar por valores mais altos, conforme observam os pesquisadores do Cepea.
Já o feijão preto continua com oferta em alta desde a primeira safra. Ainda assim, de acordo com o Cepea, produtores só comercializam quando há necessidade financeira, preferindo estocar o produto sempre que possível.
Em relação à safra 2024/25, a Conab divulgou na semana passada que a produção de feijão preto deve crescer 15% em comparação à temporada anterior, alcançando 819,7 mil toneladas. Para o feijão carioca e o caupi, são projetadas quedas de 2,5% e 4,8%, respectivamente, com produções estimadas em 1,79 milhão de toneladas e 616,3 mil toneladas.