Feijão
16-03-2022 | 9:17:00
Por: IBRAFE (INstituto Brasileiro do Feij?o e Pulses)
Cachorro pode comer arroz e feijão? Especialistas respondem
O feijão oferece concentração de minerais nutricionais importantes para a dieta
Por: IBRAFE (INstituto Brasileiro do Feij?o e Pulses)
O arroz e feijão são os alimentos com as maiores frequências de consumo dos brasileiros, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Por estarem diariamente no cardápio de diversas famílias do país, é comum que tutores tenham a seguinte dúvida: o prato pode ser oferecido para o cachorro? Segundo especialistas, sim, mas são necessários alguns cuidados.
O feijão oferece concentração de minerais nutricionais importantes para a dieta, como o fósforo (auxilia na formação óssea), o ferro (cuja deficiência pode levar à anemia) e potássio (ajuda na locomoção e a manter o equilíbrio do sistema nervoso). Já o arroz é rico em amido (bastante digestível para cães), mas possui baixa proteína e fibras, de acordo com Natália Dominguez, zootecnista e nutricionista de cães e gatos.
O consumo diário de ambos para os humanos ajuda na saúde, reduzindo riscos de diabetes, câncer e distúrbios cardiovasculares e auxliando no bom funcionamento do intestino.
Valeska Rodrigues, professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Franca (UNIFRAN), explica como incluir a dupla na dieta dos cães. “Ela entra na dieta como fonte principal de carboidratos. É muito importante equilibrar e adicionar outras fontes de proteína, vitaminas e minerais, com componentes indicados para os pets.”
Porém, caso o feijão sobre no comedouro, a professora alerta que o tutor não deve se preocupar, pois os bichos são menos adaptáveis e mais seletivos, podendo deixar os grãos de lado.
Cuidados essenciais:
O arroz e o feijão devem ser cozidos de uma maneira diferente da oferecida para os humanos. “É essencial não utilizar temperos, como cebola e alho, no preparo desses alimentos, pois, dependendo da quantidade usada, podem causar anemia, taquicardia, letargia, fraqueza, e, em casos mais graves, icterícia, hemoglobinúria e até óbito”, explica Dra. Natalia.
Também é contraindicado oferecer as sobras das refeições dos humanos para os pets, uma vez que, geralmente, outros condimentos podem ser utilizados no preparo, como cebolinha e alho poró, tóxicos aos cães. Existem raças, como akita e shiba, por exemplo, mais sensíveis ao alho, complementa a médica.
O ideal é deixar os alimentos bem cozidos, para facilitar a digestão. Se o arroz estiver “empapado”, melhor. Caso contrário, pode provocar indigestão e danos à parede gastrintestinal dos animais.
Porém, antes de alterar a dieta dos pets, as especialistas indicam que o tutor procure um médico-veterinário especialista em nutrição de cães e gatos. Esse profissional saberá informar se o pet pode comer arroz e feijão e qual é a quantidade correta, uma vez que peso, idade, sexo, escore corporal e raça são fatores importantes a serem considerados.
“A composição desses alimentos é calculada de forma individual. Não podemos estabelecer uma quantidade fixa, uma vez que existe uma necessidade energética e nutricional de cada bichinho”, finaliza Dra. Valeska.
Fonte: Revista Casa e Jardim.globo.com