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Tarifas dos EUA abrem espaço para avanço do agro brasileiro no mercado global

Com China e Europa em busca de novos fornecedores, exportações do Brasil podem ganhar fôlego

Tarifas dos EUA abrem espaço para avanço do agro brasileiro no mercado global

Exportações brasileiras ganham força com redirecionamento da demanda global provocado pelas tarifas dos EUA. Foto: Canva

Foto do autor Redação RuralNews
16/04/2025 |

A imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos está gerando repercussões no comércio internacional que podem beneficiar diretamente o agronegócio brasileiro.

Com o redirecionamento da demanda global por produtos agrícolas e matérias-primas, países atingidos pelas medidas americanas já buscam novos fornecedores — e o Brasil surge como um dos principais candidatos para suprir essa lacuna.

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No caso de Mato Grosso do Sul, que colheu mais de 12 milhões de toneladas de soja na safra 2023/24 e espera ultrapassar os 13 milhões na próxima temporada, o cenário pode ser particularmente promissor. O Estado reúne condições logísticas, qualidade produtiva e regularidade de fornecimento para atender mercados exigentes, como o chinês.

Mas o movimento também acende um sinal de alerta. De acordo com o analista econômico da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, o aumento da demanda traz junto um grau maior de dependência.

“Hoje, mais de 70% da soja exportada pelo Brasil vai para a China. Essa concentração representa um risco estratégico. É essencial buscar uma maior diversificação nas exportações”, afirma.

Além da Ásia, países europeus também ampliam o interesse por milho e farelo de soja para abastecer a pecuária e a indústria de biodiesel. Nesse contexto, o Brasil se destaca pelo volume de produção, histórico de entregas e taxa de câmbio favorável. No entanto, as exigências ambientais impostas pelo bloco europeu ainda representam um desafio.

“A rastreabilidade e as garantias de sustentabilidade são pré-requisitos que podem dificultar a entrada de parte da produção brasileira nesses mercados”, aponta Fernandes.

Outros setores, como o de carnes, mineração e siderurgia, também tendem a se beneficiar dos desdobramentos indiretos da política tarifária americana, ampliando ainda mais a participação brasileira no comércio exterior.

TAGS: #Exportações # Tarifas dos EUA
# Agro brasileiro # Mercado global # China # Europa
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Editor RuralNews
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