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Brasil pode lucrar com disputa comercial entre EUA e China, mas cenário exige cautela

Tensões entre potências abrem espaço para o agro brasileiro, mas também geram riscos econômicos

Brasil pode lucrar com disputa comercial entre EUA e China, mas cenário exige cautela

Tensão entre Estados Unidos e China reacende disputa comercial e pode beneficiar o Brasil. Foto: Canva

Foto do autor Redação RuralNews
09/04/2025 |

O anúncio de novas tarifas por parte do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — que ameaça sobretaxar produtos chineses em até 50% — elevou o nível das tensões no comércio global e ampliou a volatilidade nos mercados. A instabilidade tem impulsionado a valorização do dólar, que já ultrapassa R$ 5,95, enquanto investidores buscam ativos mais seguros diante do cenário incerto. No Brasil, essa alta pode pressionar a inflação e reduzir o poder de compra da população, agravando os desafios econômicos internos.

A resposta chinesa incluiu tarifas de até 34% sobre produtos norte-americanos, e mesmo países fora do embate direto, como o Brasil, já sentem os reflexos da disputa. O governo dos EUA também impôs uma tarifa de 10% sobre todas as exportações brasileiras, adicionando mais um ponto de atenção ao cenário externo.

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Ainda assim, o confronto entre as duas maiores economias do mundo pode abrir oportunidades para o Brasil, especialmente no agronegócio. A avaliação é de Jorge Kotz, CEO do Grupo X, que aponta o momento como um possível divisor de águas. “O tarifaço anunciado por Donald Trump inaugura uma nova fase de instabilidade no comércio global, mas, para o Brasil, esse movimento pode ser uma rara oportunidade estratégica. No entanto, é preciso inteligência comercial e diplomática para transformar o caos em vantagem – e isso exige ação coordenada entre governo e setor privado”, afirma.

Para se beneficiar das brechas deixadas pela queda nas relações comerciais entre Estados Unidos e China, o Brasil precisa reforçar sua posição como fornecedor confiável e competitivo. A alta do dólar pode tornar os produtos brasileiros mais atrativos no mercado internacional, favorecendo setores como o agrícola, que já possui forte presença global.

“A vasta produção agrícola brasileira pode ampliar as exportações, mas é crucial que o governo e os empresários ajam de maneira coordenada para transformar as oportunidades em resultados concretos”, complementa Kotz.

Apesar do possível impulso às vendas externas, o cenário também exige atenção aos impactos domésticos. A volatilidade pode influenciar a inflação e o custo de vida, além de afetar outros setores sensíveis à variação cambial.

“O Brasil está em uma posição única para se beneficiar dessa turbulência global, mas o sucesso dependerá da capacidade de adaptar-se rapidamente às mudanças e de tomar decisões estratégicas que garantam a sustentabilidade e o crescimento a longo prazo”, conclui o executivo.

TAGS: #Brasil # Disputa comercial
# EUA # China # Exportações
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Editor RuralNews
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