Agronegócio registra recorde de exportações em setembro
Exportações do agronegócio brasileiro atingem US$ 14,95 bilhões em setembro e carne suína e bovina lideram alta
Exportações do agronegócio brasileiro batem recorde em setembro. Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária / Divulgação
O agronegócio brasileiro alcançou, em setembro de 2025, o maior valor de exportações para meses de setembro desde o início da série histórica. Ao todo, foram exportados US$ 14,95 bilhões. Além disso, o resultado representa um aumento de 6,1% em relação a setembro de 2024 e corresponde a 49,0% de todas as exportações do país. O crescimento foi sustentado principalmente pelo aumento nos volumes embarcados (+7,4%), mesmo com leve queda nos preços médios internacionais (-1,1%).
No acumulado do ano, as exportações do agronegócio somam US$ 126,6 bilhões, com crescimento de 0,7% em relação ao mesmo período de 2024. Ao mesmo tempo, as importações do setor aumentaram 7,3% em setembro e 5,4% no acumulado do ano. Assim, o superávit comercial do agro ultrapassa US$ 111 bilhões, contribuindo para o equilíbrio das contas externas do Brasil.
Setores que lideram crescimento das exportações
Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, os números confirmam a resiliência do setor. De acordo com ele, “os resultados de setembro mostram, mesmo diante de um cenário externo desafiador, a competitividade do agronegócio brasileiro e o acerto na estratégia de abertura, ampliação e diversificação de mercados e produtos. Até o momento, foram abertas 444 novas oportunidades para produtores e exportadores”.
Entre os destaques de setembro, a carne bovina in natura somou US$ 1,77 bilhão, alta de 55,6%. Já a carne suína in natura atingiu US$ 346,1 milhões, com crescimento de 28,6% e aumento de 78,2% no volume embarcado. O milho registrou US$ 1,52 bilhão (+23,5%). Além disso, o café manteve patamar acima de US$ 1 bilhão (+9,3%) e os pescados somaram US$ 38,7 milhões, com aumento de 6,1% em volume.
Diversificação e novas oportunidades
O governo brasileiro também tem investido na diversificação da pauta exportadora. Por isso, a estratégia inclui abertura de mercados, promoção comercial e acesso a produtos de maior valor agregado, especialmente na Ásia, Europa e América do Norte.
Produtos menos tradicionais registraram recordes históricos em volume, como sementes de oleaginosas (exceto soja) (+92,3%), melancias frescas (+65%), feijões (+50,8%) e lácteos (+13,7%). No total, esses itens cresceram 9,2% em setembro e 19,1% no acumulado do ano.
O secretário de Comércio e Relações Internacionais do MAPA, Luís Rua, destacou a importância das missões internacionais. Ele afirmou que “setembro demonstra o esforço da presença internacional do agro brasileiro em um contexto global desafiador. A combinação de sanidade, qualidade e competitividade, somada ao diálogo com o setor privado e ações de promoção comercial, consolida o país como parceiro confiável para a segurança alimentar do mundo”.
Além disso, a expansão das exportações gera emprego, renda e divisas. Ela também reduz riscos ao diversificar mercados e produtos, ao mesmo tempo em que estimula investimentos em inovação e sustentabilidade. Esses avanços resultam do trabalho conjunto entre governo e setor privado, com foco em habilitações, equivalências sanitárias e promoção comercial.
