A planta de uma das montadoras da AGCO, em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, vai sofrer uma paralisação temporária. A empresa informou que, após criteriosa análise dos cenários de mercado, suspenderá temporariamente parte de suas operações na unidade de Santa Rosa por até três meses.
“Tais medidas são necessárias frente aos desafios enfrentados para que a AGCO siga atuando de maneira sólida, cumprindo os compromissos de levar aos seus clientes as mais modernas soluções agrícolas. Todos os esforços e atuação estão de acordo com as melhores práticas de gestão e reconhece a importância dos colaboradores para a empresa e o desenvolvimento agrícola e econômico do País”, segue a nota.
O layoff vai evitar a demissão de 354 trabalhadores da unidade e garantir direitos, como pagamento do 13º salário, depósito de 8% do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias e isenção de Imposto de Renda. Os trabalhadores da John Deere em Horizontina (RS) já haviam aprovado o mesmo tipo de acordo.
Vendas em baixa
A indústria de máquinas e implementos agrícolas vem em ritmo de desaceleração. Fechou o último ano com mais de 13% de queda na comercialização, ritmo que seguiu em recuo no início de 2024. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta uma queda de 11% em 2024. E que reflete fatores como a desvalorização de commodities, taxas de juro consideradas elevadas e um estoque elevado nas concessionárias das grandes fabricantes.
Outro caso
A John Deere também vai conceder férias coletivas a trabalhadores de sua fábrica em Horizontina (RS), a partir do dia 25. A medida vale, inicialmente por dois meses, mas pode ser estendida até agosto deste ano, após acordo fechado com o sindicato de metalúrgicos da cidade. Além da planta de Horizontina, as unidades de Montenegro e Catalão (GO) também passam por adequações de produção, com possibilidade de paralisação.