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Hípica Porto Alegrense é interditada por foco de anemia infecciosa equina

Cavalos hospedados não podem deixar local e centro equestre também não pode receber novos animais

A interdição da Sociedade Hípica Porto Alegrense (SHPA) devido a uma ocorrência de um animal com Anemia Infecciosa Equina (AIE), colocou em alerta os proprietários de cavalos na capital gaúcha. A medida é do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi).Com a decisão da Seapi, desde o dia 25 de março, estão vedadas a entrada e a saída cavalos hospedados no clube localizado na Zona Sul de Porto Alegre (RS que também funciona como hospedaria e centro de treinamento de cavalos. “A medida segue os protocolos sanitários vigentes com o objetivo de evitar o ingresso de outros animais até o saneamento do foco. Todos os equinos alojados nas instalações tiveram sangue coletado na semana passada para exames, para verificar se há mais animais infectados no local”, afirma a secretaria, em nota.Conforme a Seapi, a anemia é uma “infecção persistente e nem todos os animais infectados mostram sinais clínicos, além de ser uma doença que não tem cura”. O Serviço Veterinário Oficial do RS (SVO-RS) ressalta que essa é uma doença de notificação obrigatória, portanto, “quem tiver conhecimento ou suspeitar de animais doentes deve comunicar aos órgãos de defesa animal”. Em função da interdição, a SHPA cancelou um concurso de salto estadual que deveria ocorrer de 5 a 7 de abril, “Por questões sanitárias dos cavalos, a Sociedade Hípica Porto Alegrense está cancelando CSE [Concurso de Salto Estadual] que estava previsto para os dias 05 a 07 de abril”, informa a nota.A doença - A anemia infecciosa equina (AIE) é uma doença causada pelo RNA vírus da família Retroviridae, gênero Lentivirus, que não tem cura e que pode acometer os equídeos (cavalos, éguas, mulas, burros, jumentos, pôneis) de qualquer raça, sexo ou idade. Uma das principais formas de transmissão é por picada de mutucas e moscas que se alimentam de sangue.Outra forma de transmissão é a forma iatrogênica, devido a utilização de agulhas ou instrumentos cirúrgicos contaminados ou transfusões sanguíneas de animais contaminados. Além destas duas principais formas, ainda pode ser transmitido da égua para o potro durante a gestação e pela inseminação artificial com sêmen contaminado.Sinais Clínicos - A sintomatologia da AIE pode variar da forma assintomática a fatal;• Forma aguda: febre (38.5 - 40.5C) com letargia, hemorragias petequiais, fraqueza progressiva, perda de peso, anemia, edema nos membros e peito ou morte súbita;• Forma subaguda: febre intermitente, perda de peso, edemas, depressão, anemia, icterícia, linfadenopatia, hemorragia petequiais e pode apresentar alterações neurológicas;• Forma crônica ou assintomática: mantém a condição corpórea normal, podendo até ter algum desempenho atlético.Controle - A doença não tem tratamento. As formas de controlar a doença na propriedade é receber apenas animais com exames negativos para AIE, no caso de animais positivos realizar a eutanásia para não haver a contaminação dos animais saudáveis e realizar o controle das moscas na propriedade. Em regiões endêmicas da doença, fazer o uso de telas nas baias e uso de repelentes nos animais.


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