A crise no Oriente
Médio, em particular os ataques dos rebeldes houthis do Iêmen a
embarcações no Mar Vermelho, está afetando as rotas marítimas
globais, exercendo pressão sobre as taxas de frete dos navios,
provocando atrasos e escassez de contêineres.
"Os maiores riscos
são para nossas exportações de proteína animal, já que o Brasil
é grande fornecedor de carne, em especial de frango, para a região,
e também para o fluxo comercial de açúcar em contêineres",
alerta.
O especialista explica
que os ataques tiveram impacto direto no acesso ao Canal de Suez
[Egito], ligação mais curta entre o Oriente Médio e a Europa,
fazendo com que as companhias marítimas desviassem as embarcações,
com destino ao velho continente e aos Estados Unidos para uma rota
alternativa por meio da África Austral – mais longa e mais cara -
ao exigir o contorno do Cabo da Boa Esperança.
“Os fretes de
contêineres já estão mais caros, afetando todos os tipos de
importados vindo da China. A situação pode piorar nas próximas
duas, três semanas a depender de como ficar a questão operacional e
o congestionamento dos portos da Europa, visto que 20% a 30% das
cargas com destino ao Brasil provenientes da Ásia passam por esta
rota."