Inflação nos alimentos pesa no bolso dos consumidores
O café liderou os aumentos de preço em março, segundo o levantamento “Variações de Preços: Brasil Regiões”, feito pela Neogrid. As versões em pó e em grãos ficaram, em média, 7,3% mais caras, passando de R$ 62,78 em fevereiro para R$ 67,39 em março.
A elevação foi causada por fatores como aumento dos custos logísticos e problemas climáticos em regiões produtoras, como estiagens e ondas de calor, que afetaram a produtividade.
Assim como o café, os ovos também registraram aumento pelo segundo mês seguido. O preço médio subiu 5,1%, passando de R$ 1,15 para R$ 1,21. A expectativa, porém, é de que haja uma estabilização nos preços após o período de maior procura durante a Quaresma.
Outros produtos com aumento no mês foram leite UHT (2,9%), refrigerante (1,2%) e queijos (0,9%). Em contrapartida, arroz (-5,1%), feijão (-4,5%), farinha de mandioca (-4,2%), óleo (-3,5%) e carne bovina (-3,0%) tiveram queda de preço.
No acumulado do ano até março, os ovos aparecem como o item com maior alta no Brasil: 32,4%. O café vem logo em seguida, com 25% de aumento. Outros itens com variação positiva foram leite em pó (1,6%), refrigerante (1,5%) e xampu (1,3%). Já entre as maiores quedas no país estão carnes bovinas (-3,0%), arroz (-5,1%) e açúcar (-1,6%).
No Sul, o café teve a maior alta regional no mês (10,4%), seguido por leite (2,9%), leite UHT (2,7%), ovos (1,9%) e refrigerante (1,4%). As maiores quedas ocorreram nos preços do feijão (-6,8%), legumes (-4,9%), sabonete (-4,8%), arroz (-3,7%) e xampu (-3,7%).