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Agro de MS cresce 18% em 2025 e reforça posição estratégica

Avanços em produção, exportações, sanidade, logística e novas cadeias consolidam Mato Grosso do Sul como referência no agronegócio brasileiro

Agro de MS cresce 18% em 2025 e reforça posição estratégica

Crescimento da produção, investimentos logísticos e reconhecimento sanitário consolidam o agronegócio de MS. Foto: Sistema Famasul / Divulgação

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Foto do autor Redação RuralNews
13/12/2025 |

Mato Grosso do Sul encerrou 2025 como um dos estados que mais avançaram no agronegócio brasileiro. A combinação de safra recorde, ganhos sanitários, expansão logística e fortalecimento institucional impulsionou o setor. Como resultado, o Valor Bruto da Produção (VBP) cresceu 18%, consolidando o estado em posição estratégica no país.

Além disso, o desempenho produtivo atraiu novos investimentos e fortaleceu cadeias já consolidadas. Dessa forma, Mato Grosso do Sul ampliou sua competitividade no mercado nacional e internacional.

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Produção cresce e produtividade bate recordes

A safra 2024/25 apresentou forte avanço. Somadas, soja e milho atingiram 28 milhões de toneladas, alta de 35% em relação ao ciclo anterior. Com isso, o estado alcançou a quinta posição no ranking nacional.

O milho foi o principal destaque. A produtividade cresceu 62% em comparação com a safra 2023/24, que havia sido marcada por perdas severas. Esse avanço ocorreu, sobretudo, com a expansão das indústrias de etanol de milho.

Na safra atual, o estado produziu 1,58 bilhão de litros do biocombustível. O volume representa crescimento de 58% e aumentou a demanda por grãos. Ao mesmo tempo, novas cadeias produtivas ganharam espaço.

A citricultura avançou com projeção de 30 mil hectares de laranja. Já o amendoim manteve ritmo acelerado, com 43,5 mil hectares plantados e produção estimada em 173,7 mil toneladas. Além disso, o setor de florestas plantadas seguiu em expansão, superando 1,89 milhão de hectares de eucalipto.

Sustentabilidade e manejo ganham força

Ao longo de 2025, produtores intensificaram a adoção de práticas sustentáveis. Sistemas integrados, rotação de culturas e manejo conservacionista do solo ganharam espaço. Essas estratégias aumentaram a resiliência das lavouras e atenderam às exigências internacionais.

Segundo a Famasul, o equilíbrio entre produtividade e preservação ambiental sustentou o crescimento do setor. Assim, o estado avançou sem abrir mão da responsabilidade ambiental.

Proteínas animais impulsionam o VBP

A pecuária também apresentou resultados positivos. O abate de bovinos cresceu 4% e alcançou 4,1 milhões de cabeças. Da mesma forma, a suinocultura registrou 3,5 milhões de animais abatidos, também com alta de 4%.

Na avicultura, o setor manteve estabilidade, com 186,2 milhões de aves abatidas. Com isso, o VBP do agronegócio chegou a aproximadamente R$ 84 bilhões em 2025.

Além disso, o PIB estadual deve crescer 6,8% e superar R$ 227 bilhões. Esse desempenho reflete tanto o aumento da produção quanto a valorização de preços.

Exportações avançam e ampliam competitividade

Entre janeiro e novembro, as exportações do agronegócio cresceram 4% e somaram US$ 9,2 bilhões. A celulose liderou as vendas externas, com US$ 2,84 bilhões e crescimento de 20% frente a 2024.

Na sequência, destacaram-se a soja em grãos, com US$ 2,33 bilhões, e a carne bovina, que avançou 51% e alcançou US$ 1,70 bilhão. Esses números reforçam a força do estado no comércio internacional.

Logística recebe investimentos estratégicos

Em paralelo, 2025 marcou avanços importantes em infraestrutura. A retomada da concessão da BR-163/MS prevê R$ 16,6 bilhões em investimentos ao longo de 29 anos. O projeto inclui duplicações, faixas adicionais e novas áreas de descanso.

Outro destaque é a Rota da Celulose, com cerca de 870 quilômetros de rodovias e investimentos estimados em R$ 10 bilhões. Além disso, a previsão de leilão da Hidrovia do Rio Paraguai, em 2026, deve reduzir custos logísticos. Melhorias em aeroportos regionais também ampliam o escoamento de cargas.

Citricultura se consolida como nova fronteira

A citricultura ganhou novo impulso a partir de 2024 e avançou ainda mais em 2025. O estado já soma mais de 15 mil hectares em produção e cerca de 7 milhões de mudas implantadas. Para os próximos anos, a projeção ultrapassa 40 mil hectares adicionais.

A Lei Estadual nº 6.293/2024 fortaleceu o controle fitossanitário ao proibir o plantio de murta. Municípios como Ribas do Rio Pardo e Campo Grande regulamentaram a medida. Além disso, uma linha específica do FCO passou a oferecer até R$ 20 milhões por ano para o setor.

Reconhecimento sanitário amplia mercados

Em maio, o Brasil conquistou o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela OMSA. Esse reconhecimento histórico ampliou a credibilidade da pecuária sul-mato-grossense.

O estado também manteve status sanitário elevado em outras cadeias, permanecendo livre de doenças como Influenza Aviária e Peste Suína Africana. Com isso, novos mercados se abriram para os produtos locais.

PSA e segurança jurídica fortalecem o Pantanal

Outro avanço relevante foi a implementação do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais no Pantanal. A iniciativa remunera produtores pela conservação ambiental acima das exigências legais.

O programa prevê pagamentos de R$ 55,47 por hectare ao ano, com limite de R$ 100 mil por propriedade. No primeiro edital, 59 propriedades foram contempladas, totalizando cerca de R$ 30 milhões em investimentos.

Para 2026, a Famasul e o Senar/MS seguirão ao lado do produtor rural. O foco permanece na capacitação, na defesa sanitária e na construção de um ambiente cada vez mais competitivo e sustentável para o agronegócio de Mato Grosso do Sul.

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Editor RuralNews
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TAGS: #Agro # MS
# Mato Grosso do Sul # Produção # Exportações # Sanidade
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