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O Brasil se destaca como um dos maiores produtores globais de alimentos, mas também enfrenta desafios significativos com o desperdício alimentar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 30% da produção nacional é desperdiçada, o que equivale a 46 milhões de toneladas anuais, resultando em perdas econômicas estimadas em R$61,3 bilhões por ano.
Os números colocam o país entre os 10 que mais desperdiçam comida no ranking global de desperdício alimentar da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Entre as causas do desperdício de alimentos estão a aalta de comunicação entre produtores e supermercados, o manuseio incorreto, os padrões rígidos de aparência de alimentos, pragas na plantação, as condições climáticas e até mesmo a falta de conhecimento técnico do agricultor.
O problema é tão grande que foi criado até uma data para tentar conscientizar consumidores e produtores de alimentos.No dia 29 de setembro, é celebrado o Dia Internacional de Conscientização sobre Perda e Desperdício de Alimentos. Em média, cada brasileiro joga fora 41kg de alimentos por ano.
O ciclo do desperdício de alimentos abrange várias etapas, começandona produção, onde cerca de 10% dos alimentos são perdidos devido a pragas, doenças e condições climáticas adversas.Em seguida, durante o armazenamento e transporte, ocorre aproximadamente 50% do desperdício devido a condições inadequadas que levam à deterioração.
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Já no vo varejo, os alimentos que não atendem a padrões estéticos são frequentemente descartados, representando cerca de 12% do desperdício total.Por fim, no consumo doméstico, cerca de 60% do desperdício acontece, muitas vezes devido à falta de planejamento e ao não aproveitamento de sobras.O ciclo não apenas contribui para a insegurança alimentar, mas também gera impactos ambientais significativos, como emissões de gases de efeito estufa.
A eficiência da cadeia do frio é uma solução essencial para mitigar este problema.Desde a colheita, passando pelo armazenamento, transporte e distribuição, até o ponto de venda e consumo final, o controle da temperatura é decisivo para a preservação de grãos, frutas, carnes, laticínios e muitos outros produtos essenciais da mesa do consumidor brasileiro.
“As longas distâncias entre os centros produtores e os consumidores, combinadas com a diversidade de produtos e as variações de clima, aumentam a complexidade da cadeia logística”, explica Lauro Toledo, Gerente de Desenvolvimento de Negócios, de empresa do setor.
Segundo ele, arefrigeração, aliada à tecnologia de monitoramento remoto, permite rastrear e manter a temperatura adequada em armazéns, ou caminhões e contêineres durante todo o trajeto dos produtos, prevenindo perdas significativas, como também reduz o impacto ambiental, ao evitar o descarte de alimentos por condições inadequadas de conservação
“A implementação de soluções que priorizam o baixo impacto ambiental é uma das principais prioridades da empresa para o futuro da refrigeração. Por isso, nossas fábricas priorizam a redução do uso de recursos naturais, assim como menor energia e água, resultando um nível de redução considerável na quantidade de resíduos durante todo processo de fabricação e operação de nossos equipamentos” explica Toledo.
A preocupação com o impacto ambiental vai além da tecnologia. Parcerias estratégicas com organizações como a GCCA Brasil e o Mesa Brasil (SESC) contribuem para a redistribuição de alimentos que, embora não possam ser comercializados, estão aptos para consumo. Essas parcerias ampliam o acesso a alimentos em boas condições para comunidades carentes e evitando que milhões de toneladas de alimentos sejam desperdiçadas.
O papel da cadeia do frio no combate ao desperdício alimentar está em constante evolução. Soluções como telemetria e internet das coisas (IoT) permitem monitorar a temperatura em tempo real, otimizando processos logísticos e aumentando a eficiência na conservação de alimentos. Essas inovações são fundamentais para atender às crescentes demandas de qualidade, segurança alimentar e sustentabilidade.
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30% da produção nacional de alimentos é desperdiçada, afirma IBGE
Números mostram que setor desperdiça 46 milhões de toneladas anuais de alimentos, resultando em perdas econômicas estimadas em R$61,3 bilhões por ano
Publicado em 17/01/2025 | 14:16:00
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Os números colocam o país entre os 10 que mais desperdiçam comida no ranking global de desperdício alimentar da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Entre as causas do desperdício de alimentos estão a aalta de comunicação entre produtores e supermercados, o manuseio incorreto, os padrões rígidos de aparência de alimentos, pragas na plantação, as condições climáticas e até mesmo a falta de conhecimento técnico do agricultor.
O problema é tão grande que foi criado até uma data para tentar conscientizar consumidores e produtores de alimentos.No dia 29 de setembro, é celebrado o Dia Internacional de Conscientização sobre Perda e Desperdício de Alimentos. Em média, cada brasileiro joga fora 41kg de alimentos por ano.
O ciclo do desperdício de alimentos abrange várias etapas, começandona produção, onde cerca de 10% dos alimentos são perdidos devido a pragas, doenças e condições climáticas adversas.Em seguida, durante o armazenamento e transporte, ocorre aproximadamente 50% do desperdício devido a condições inadequadas que levam à deterioração.
Já no vo varejo, os alimentos que não atendem a padrões estéticos são frequentemente descartados, representando cerca de 12% do desperdício total.Por fim, no consumo doméstico, cerca de 60% do desperdício acontece, muitas vezes devido à falta de planejamento e ao não aproveitamento de sobras.O ciclo não apenas contribui para a insegurança alimentar, mas também gera impactos ambientais significativos, como emissões de gases de efeito estufa.
O combate ao desperdício no agro brasileiro é um dos gargalos do setor
A eficiência da cadeia do frio é uma solução essencial para mitigar este problema.Desde a colheita, passando pelo armazenamento, transporte e distribuição, até o ponto de venda e consumo final, o controle da temperatura é decisivo para a preservação de grãos, frutas, carnes, laticínios e muitos outros produtos essenciais da mesa do consumidor brasileiro.
“As longas distâncias entre os centros produtores e os consumidores, combinadas com a diversidade de produtos e as variações de clima, aumentam a complexidade da cadeia logística”, explica Lauro Toledo, Gerente de Desenvolvimento de Negócios, de empresa do setor.
Segundo ele, arefrigeração, aliada à tecnologia de monitoramento remoto, permite rastrear e manter a temperatura adequada em armazéns, ou caminhões e contêineres durante todo o trajeto dos produtos, prevenindo perdas significativas, como também reduz o impacto ambiental, ao evitar o descarte de alimentos por condições inadequadas de conservação
“A implementação de soluções que priorizam o baixo impacto ambiental é uma das principais prioridades da empresa para o futuro da refrigeração. Por isso, nossas fábricas priorizam a redução do uso de recursos naturais, assim como menor energia e água, resultando um nível de redução considerável na quantidade de resíduos durante todo processo de fabricação e operação de nossos equipamentos” explica Toledo.
A preocupação com o impacto ambiental vai além da tecnologia. Parcerias estratégicas com organizações como a GCCA Brasil e o Mesa Brasil (SESC) contribuem para a redistribuição de alimentos que, embora não possam ser comercializados, estão aptos para consumo. Essas parcerias ampliam o acesso a alimentos em boas condições para comunidades carentes e evitando que milhões de toneladas de alimentos sejam desperdiçadas.
O papel da cadeia do frio no combate ao desperdício alimentar está em constante evolução. Soluções como telemetria e internet das coisas (IoT) permitem monitorar a temperatura em tempo real, otimizando processos logísticos e aumentando a eficiência na conservação de alimentos. Essas inovações são fundamentais para atender às crescentes demandas de qualidade, segurança alimentar e sustentabilidade.
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