A portaria da Adapar torna obrigatória a vacinação de herbívoros, como bois, cavalos, ovelhas e búfalos, em 30 municípios do Oeste do Paraná
A Adapar tornou obrigatória a vacinação contra a raiva em 30 municípios do Oeste do Paraná a partir desta quinta-feira (25). A portaria nº 368/2025 determina que herbívoros domésticos com idade a partir de três meses — como búfalos, bois, cavalos, asnos, mulas, ovelhas e cabras — recebam a imunização. Assim, a medida visa prevenir surtos da doença e, consequentemente, proteger a saúde pública.
O Departamento de Saúde Animal (Desa) da Adapar escolheu os municípios com base em critérios como histórico de focos nos últimos anos, proximidade com o Parque Nacional do Iguaçu, áreas compartilhadas de transmissão e grande número de pessoas que precisaram de tratamento após contato com animais suspeitos.
Em 2024, o Paraná registrou 227 focos de raiva, mais da metade em Cascavel e Laranjeiras do Sul. Até setembro de 2025, já foram contabilizados 166 focos em 41 municípios, com 81 ocorrendo na mesma região. Portanto, Otamir Cesar Martins, diretor-presidente da Adapar, ressalta: “A raiva preocupa porque pode transmitir-se aos seres humanos. Logo, vacinar os rebanhos é mais seguro e evita prejuízos futuros”.
Para reforçar a prevenção, a Adapar realiza o projeto “Adapar Educa à Campo – Enfrentamento Contra a Raiva dos Herbívoros”, de 29 de setembro a 2 de outubro. O programa prevê palestras em escolas, encontros com sindicatos, visitas técnicas a comunidades rurais e orientação direta aos produtores. Além disso, cerca de 40 servidores da agência atuarão na mobilização.
Elzira Pierre, chefe da Divisão de Raiva dos Herbívoros da Adapar, explica: “O projeto envolve produtores, médicos veterinários, estudantes e agentes de saúde. Como a raiva é fatal, a informação é essencial para prevenir e proteger os rebanhos”. Por fim, o encerramento será na Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), em Cascavel, reunindo gestores e entidades parceiras para alinhar estratégias de combate à doença e reforçar a cooperação entre setor público e produtivo.