Depois de, na semana passada, ter atingido as mínimas em mais de três anos, os preços da soja buscam certa recuperação nos futuros de Chicago, dando sequência aos ganhos já apurados na última sessão. Neste momento, manhã de terça-feira, opera com ganhos de 9 cents, a U$ 11,81/março. Ontem, feriado do Dia do Presidente nos EUA, a CBOT ficou fechada.Os participantes seguem monitorando o andamento da safra sul-americana. A colheita no Brasil ganha melhor ritmo e, na Argentina, chuvas voltaram às regiões de cultivo, depois de uma forte onda calor e baixa umidade. Do outro lado, as preocupações estão voltadas para a demanda, ainda muito contida, sobretudo com os fracos dados econômicos da China.O mercado ainda sente os reflexos do último relatório de oferta e demanda, que aumentou os estoques norte-americanos e estimou a safra brasileira em 156,0MT. Além disto, o Fórum do USDA, realizado na semana passada, prevê aumento da área de soja nos EUA na próxima temporada, cujo plantio começa em fins de abril.Em termos técnicos, os fundos seguem muito vendidos. Isto poderá resultar numa corrida às compras para liquidar posições sobre março, que tem ainda cerca de 15 sessões até seu encerramento e conta com grande volume de contratos em aberto. As exportações brasileiras de soja começam a ganhar ritmo na nova temporada; somam até aqui, neste mês de fevereiro, 2,91MT. Em todo o fevereiro do ano passado foram despachadas para o exterior 5,02MT. Os dados são da Secex.A colheita da safra brasileira chega a 29,4%, ante 23% do mesmo ponto do ano passado. Na semana houve avanço de 9 pontos percentuais. O levantamento é da Conab.Mercado interno segue travado, diante de preços nada atrativos. Prêmios nos portos são indicados, no mercado spot, na faixa entre -70/-50. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 112,00/113,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 119,00/121,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.
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