Confira como ficou o fechamento diário do mercado de commodities com o colunista Rodrigo Trage
Nesta sexta-feira (06/12), as commodities fecharam em alta na Bolsa de Chicago (CBOT). No complexo da soja, novamente o óleo de soja foi o protagonista. Problemas climáticos com o óleo de palma na Ásia seguem dando suporte aos preços do óleo de soja, que hoje é uma alternativa barata, além de ser um óleo mais nobre.
Quanto ao farelo, a situação continua difícil para esse derivado da soja. Mesmo com as exportações americanas estando 15% acima do ano passado, os futuros do farelo não conseguem engatar uma tendência de alta. E parte desse aumento de compras veio do México. Esses volumes não devem se manter para o ano que vem, devido as implicações tarifárias que o país estará sujeito com a troca de governo.
Em meio a alta do óleo e a queda do farelo, os futuros do grão encerraram estáveis neste pregão e na semana apresentou uma alta de +0,43%.Acompanhe as cotações de fechamento do complexo da soja na CBOT:
SOJA JANEIRO: U$9,93/bs | variação +0,00%
ÓLEO DE SOJA JANEIRO: ¢ 42,97/lb | variação: +1,56%
FARELO DE SOJA JANEIRO: U$ 287,4 /st | variação: -1,27%
O milho na CBOT encerra a semana com alta de 1,62%. Grande parte deste movimento foi construída ao longo do pregão dessa sexta-feira. As exportações de milho neste programa apresentam uma alta de 33% quando comparado ao mesmo período do ano passado. As vendas acumuladas no período estão em 34,2 milhões de toneladas. O programa americano neste ano foi beneficiado pela menor concorrência vinda do Brasil e pelos problemas geopolíticos no Mar Negro, inclusive contando com a quebra da safra na Ucrânia.
Futuros de trigo também voltaram a subir. Nessa semana, o contrato março teve valorização de +1,69%. As condições de ruins e péssimos para o trigo de inverno russo atingiram o patamar de 37%, se tornando a pior classificação em mais de 10 anos.
Em comparação no ano passado as condições de ruins e péssimos estavam em 4% e a média dos últimos 5 anos em 7,3%. Esse fator contribuiu para a elevação dos preços na CBOT devido a tamanha significância da Rússia no cenário global de trigo.
Acompanhe as cotações de fechamento para milho e trigo na CBOT:
MILHO DEZEMBRO: U$4,40/bu | variação: +1,15%
TRIGO MARÇO: U$5,57/bu | variação: -0,18%
No Brasil, os futuros de milho na B3 encerraram a semana com ganhos de +3,21%. A retomada do câmbio, com alta de +1,39% frente ao Real, somada a alta na CBOT ajudaram a impulsionar os preços por aqui.
Outro fator que continua dando suporte aos preços é a demanda interna mais forte. O crescimento do consumo de milho para etanol pelas indústrias tem mudado a dinâmica do mercado e para 2026 a perspectiva é que novas indústrias comecem a rodar, o que deve manter a demanda aquecida para o ano que vem.
Acompanhe as cotações de fechamento para milho na B3:
MILHO JANEIRO: R$: 73,95sc | variação: +2,21%
Macroeconomia: dados de emprego nos estados unidos registraram 227 mil vagas preenchidas, o mercado trabalhava com um número na casa dos 202 mil. Apresar de mais vagas terem sido preenchidas a taxa de desemprego se manteve estável em 4,2%. O ganho médio por hora trabalhada teve um aumento de 0,4%.
Bolsas globais, principais variações:
ÁSIA/PACÍFICO:CHINA: +1,06% /HONG KONG: +1,56%
EUROPA:EURO STOXX 50: +0,52% /FRANÇA: +1,31%
EUA:SP500: +0,13% /NASDAQ: +0,64%
BRASIL: -1,37%