Colheita nos EUA, lavouras na América do Sul e medidas de Trump continuam influenciando mercado

Confira o panorama diário do mercado de commodities com o analista de mercado Camilo Motter

Foto do autor Camilo Motter
05/12/2024 |

Em Chicago, os contratos negociados com soja trabalham com alta de 2 cents, a U$ 9,86/janeiro, neste momento, manhã de quinta-feira. Ontem, houve perdas entre 7 e 8 cents nos primeiros vencimentos.

Nada de novo. Os fatores fundamentais seguem os mesmos: colheita finalizada com safra cheia nos EUA, bom desenvolvimento das lavouras na América do Sul e expectativa para as medidas do novo governo de Trump.

De qualquer maneira, também a demanda continua firme. No Brasil, os estoques de entressafra são os menores em vários anos – corroborado por uma safra menor, prejudicada por irregularidades climáticas; nos EUA, tanto o esmagamento interno quanto as exportações estão em melhor ritmo do que no ano passado. Estes fatores positivos, no entanto, são contrapostos pelas perspectivas de um novo recorde no Brasil e safra cheia na Argentina.

No mercado interno, depois de um início de semana com preços recordes para esta temporada, as indicações voltam a ficar acomodadas. Muitas indústrias dizem estar abastecidas e devem voltar às compras somente com produto novo. Mas, necessidades pontuais tendem a manter os preços ativos por algumas semanas, dentro do espírito da entressafra.

É preciso, no entanto, ter em mente que, produto para entrega a partir de fevereiro, tem indicação entre R$ 10,00/R$ 15,00 abaixo no comparativo com preço de produto disponível. Por esta razão, quem ainda conta com lotes prontos, é bom não se deixar vencer pelos prazos à frente.

No spot, prêmios são apontados na faixa entre 140/200. Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 138,00/140,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 146,00/148,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.

MILHO

Os preços do milho operam com leve queda nos futuros de Chicago, neste momento, manhã de quinta-feira, a U$ 4,30/março. Ontem, mercado cedeu 2 pontos.

Na BMF, a posição janeiro trabalha em R$ 70,85 (anterior R$ 71,15) e março em R$ 70,50 (anterior, R$ 70,71).

Mercado segue focado no bom equilíbrio entre oferta e demanda – que acaba acomodando as pressões vendedoras e compradoras, sem maiores sobressaltos. Nos EUA a colheita ficou muito próxima dos níveis recordes, com 384,6MT.

A Ucrânia caminha para se recompor na produção de milho, com 26,2MT e exportações de 23,0MT. Na América do Sul as coisas também andam bem. Embora o consumo esteja em alta, o fato é que a produção também vem acompanhando este ritmo.

No oeste do Paraná, indicações de compra na faixa de R$ 68,00 /69,00 – dependendo de prazo de pagamento e localização do lote. Nos portos, as indicações de giram na faixa de R$ 73,00/75,00 por saca.

CÂMBIO

Neste momento opera em queda, a R$ 6,02. Ontem, fechou em R$ 6,044.

TAGS: #Commoditites # soja
# milho # trigo # bolsa de Chicago # CBOT
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Editor RuralNews
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