Chicago apresenta uma rodada de realizações após uma semana marcada por bons ganhos
Na semana os futuros de soja encerram com ganhos de +1,50% para o contrato janeiro 25 e ganho de +1,83% para o contrato novembro e encerram a semana cotados a U$9,97/bushel e U$9,87/bushel, respectivamente.
Nesta sexta-feira (25/10) na Bolsa de Chicago (CBOT), o mercado de grãos apresentou uma rodada de realizações após uma semana marcada por bons ganhos.
Na semana passada, o óleo de soja, a soja em grão e o milho registraram fortes avanços, impulsionados pela alta do petróleo e valorização dos óleos vegetais. Essa tendência de valorização dos óleos continua, sustentados pela demanda chinesa.
Essa semana a China intensificou suas compras nos Estados Unidos e no Brasil. Na semana os futuros de soja encerram com ganhos de +1,50% para o contrato janeiro 25 e ganho de +1,83% para o contrato novembro e encerram a semana cotados a U$9,97/bushel e U$9,87/bushel, respectivamente.
Para o contrato futuro de óleo de soja a alta semanal foi muito mais intensa, registrando ganhos de 5,57%.
Apesar do cenário positivo para os óleos, o farelo enfrenta desafios no mercado americano, com estoques elevados na Argentina pressionando os preços, tornando este o elo mais fraco no complexo da soja, essa semana o contrato de farelo teve desvalorização de -3,11%.
Para o milho, apesar queda de -1,48% hoje, o grão acumulou ganhos de 2,59% na variação semanal, o contrato encerra a semana cotado a U$4,15/bushel.
Alguns pontos que continuam dando suporte aos preços na CBOT, como a demanda aquecida que está impactando no programa de exportação americano, como vimos no último relatório do USDA, que apresentou um volume comprometido para a safra 24/25 em 23,47 milhões de toneladas, número que é cerca de 5 milhões de toneladas acima do mesmo período do ano passado.
Além disso, o milho americano segue muito competitivo, ainda mais quando consideramos a saída pelos portos do pacífico.
No caso do trigo, o grão devolveu todo os ganhos acumulados ao longo da semana, com fundamentos menos amigáveis, as cotações são pressionadas pela oferta da região do Mar Negro, que geralmente é mais competitiva.
Além disso o retorno das chuvas sobre as áreas de cultivo nos Estados Unidos e na Rússia e avanço da colheita na Argentina e Austrália, adicionam pressão negativa aos preços, fazendo com que o contrato de trigo tivesse uma queda de -2,15% neste pregão e encerasse a semana com um acumulado de -0,65%, assim o trigo encerra a semana cotado a U$5,69/bushel.
No Brasil, o milho mantém uma trajetória de alta sólida, com a B3 apresentando uma valorização semanal acumulada de 4,77% para o contrato novembro e uma alta acumulada de 5,32% para o contrato de janeiro de 2025. Hoje os preços subiram mesmo com a queda em Chicago, a tendência do milho na bolsa segue em alta.
A escassez de ofertas interna e as incertezas sobre o tamanho da área do milho safrinha 2025 sustentam os futuros do milho a preços bem atrativos, o contrato novembro encerrou a semana cotado a R$72,55/saca, enquanto o janeiro 25 já é precificado a R$75,64.
Macroeconomia
Semana marcada pela falta de indicadores econômicos mais fortes, com isso mercados globais operaram com baixa volatilidade e em certa estabilidade, repercutindo pontualmente à balanços de empresa, como foi o caso da Tesla ontem fazendo com que as ações da empresa dessem um salto de +22%.
Principais Variações:
ÁSIA/PACÍFICO: SHANGHAI: +0,64% / JAPÃO: -0,76%
EUROPA: ITÁLIA: +0,22% / INGLATERRA: -0,25%
EUA: SP 500: -0,03% / NASDAQ: +0,56%
BRASIL: IBOVESPA: -0,13%
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